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(Continuar a) Reinventar os pagamentos

Ao combinarmos estes novos recursos com os métodos existentes, temos capacidade para responder de forma única e poderosa a praticamente todas as necessidades de pagamento, sejam de empresas, governos ou consumidores.

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Quando a pandemia obrigou os consumidores de todo o mundo a ficarem em casa, quase tudo passou a ser comprado online, desde os tradicionais mantimentos até material para jardinagem. Por sua vez, para os comerciantes, restaurantes ou empresas de outros setores, grandes ou pequenas, a migração para o digital e a capacidade de vender online acabou por ser uma verdadeira tábua de salvação. E, de repente, quase da noite para o dia, estas empresas foram capazes de se ligar a clientes de uma forma que o mundo físico não permite.

 

As implicações foram de tal forma significativas, que países e empresas deram imediata prioridade ao digital para tirarem partido do impulso do momento, mas, também, para poderem colher os benefícios evidentes ao nível da satisfação do cliente e, sobretudo, da recuperação económica.

 

Esta resposta à pandemia, acompanhada dos avanços tecnológicos mais recentes, contribuiu significativamente para uma abordagem "digital first", quer para as empresas e seus negócios, como para os nossos estilos de vida. Na verdade, se as empresas não se adaptassem, corriam o risco de perder a sua base de clientes e é por isso que todas as tendências apontam para que 20 a 30% dos negócios tradicionais convirjam para o digital num futuro próximo.

 

Este ambiente digital em evolução está a consolidar algumas tendências chave que continuarão a mudar o comércio e a gerar transformações na economia:

 

- O surgimento de novas plataformas de e-commerce e "super apps", que foram impulsionadas por 70% das compras online e pela aceleração da transformação digital do comércio a retalho, são novos modelos de negócio que abrem oportunidades para que cada empresa customize a sua presença online e possa encontrar a sua rentabilidade.

 

- O crescimento dos pagamentos instantâneos, resultante do crescimento de 12% em novas oportunidades na chamada "gig economy" e na economia da partilha, que permite aos prestadores de serviços gerirem melhor os seus fluxos de caixa.

- A franca expansão da economia da subscrição e dos serviços "on-demand", que registaram crescimentos de 350% em comparação com os últimos sete anos.

 

É importante constatar que, entre estas mudanças tão marcantes, há três factos no "momento do pagamento" que permanecem constantes para os consumidores: querem escolher o método que melhor funciona para si, querem que funcione quando precisam e querem que seja simples de aceder e fácil de usar.

 

À medida que as novas tecnologias estão a proporcionar a criação de novas economias e novas soluções de pagamento, estão, também, a impulsionar a proliferação (ou fragmentação) de soluções que podem ser geridas por comerciantes e retalhistas. Para garantir a possibilidade de escolha e a flexibilidade que os clientes precisam - e cada vez mais esperam -, precisamos de entregar uma gama mais ampla de soluções de pagamento de fácil acesso e implementação. Os pagamentos conta-a-conta em tempo real, o open banking e a tecnologia blockchain têm, portanto, cada vez mais argumentos para dominar as tendências, quer as transações aconteçam numa única rede ou em várias em simultâneo.

 

Este contexto justifica cada vez mais a nossa estratégia "multi-rail", concebida para cumprir estas promessas e as expectativas dos consumidores no seu dia-a-dia e que resultou do desenvolvimento e aquisição, ao longo dos últimos anos temos, de um conjunto de recursos que promovem a evolução digital, que também está a acontecer vertiginosamente em toda a Europa. Ao combinarmos estes novos recursos com os métodos existentes, temos capacidade para responder de forma única e poderosa a praticamente todas as necessidades de pagamento, sejam de empresas, governos ou consumidores, bem como a uma multiplicidade de fluxos de pagamento.

 

Investimos num futuro onde as economias irão beneficiar com o aumento da velocidade de circulação do dinheiro, ao mesmo tempo que as entidades financeiras vão poder melhorar a oferta às empresas e aos consumidores, com aplicações e serviços mais seguros, mais simples e muito mais convenientes.

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