Opinião
Excedente temporário com "doping"
Portugal registou em 2023 um excedente histórico, mas foi graças à inflação que ajudou ao recorde de receitas fiscais. Esse saldo cria a ilusão de haver muito dinheiro no Estado e por isso aumentam as exigências de ganhos salariais por toda a função pública, com os partidos em época eleitoral a concordarem. Já se sabe que isto vai levar a um acréscimo de despesa. No futuro, sem o "doping" da inflação, as contas públicas regressarão ao velho normal da pressão financeira e dos défices.
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Fernando Medina vai ficar na história com o maior excedente orçamental deste regime democrático. As contas de 2023 ainda não estão fechadas, mas o saldo final apresentado será ainda superior ao estimado. Provavelmente vai passar a barreira de 1% do PIB.