Opinião
Neurogestor, a boa gestão treina-se
No mundo empresarial o foco está mais direcionado para o operacional do que para o treino e desenvolvimento de competências, o que nem sempre induz aos melhores resultados.
Ninguém nasce com cérebro de gestor!
Porque é que uns são melhores gestores do que outros? Uma das razões é porque tem competências para a profissão que exercem. E como é que as competências se desenvolvem? Treinando…
É fácil todos entendermos que no desporto é fundamental treinar, por exemplo uma equipa de futebol treinar quase todos os dias.
No mundo empresarial o foco está mais direcionado para o operacional do que para o treino e desenvolvimento de competências, o que nem sempre induz aos melhores resultados.
No sentido de melhorarmos o nosso desempenho organizacional, a neurociência pode ajudar.
O nosso cérebro pode treinar-se e melhorar as competências através da neuroplasticidade, Merzenich, entre outros cientistas, no final do século XX, fundamentaram a plasticidade do nosso cérebro.
Ainda para Alvaro Pascual-Leone, conceituado investigador em neurologia da Escola de Medicina de Harvard, "a plasticidade é o estado normal do sistema nervoso ao longo de toda a nossa vida".
Nicholas Carr, autor do livro "Os Superficiais", defende que sempre que executamos uma tarefa ou experimentamos uma sensação, física ou mental, um conjunto de neurónios é ativado no nosso cérebro, gravando nas ligações celulares aquilo que aprendemos e vivemos.
Neste contexto é determinante termos gestores que saibam treinar as suas competências técnicas, comportamentais e conceptuais para que o seu cérebro fique dotado de coordenadas que os ajudem no seu dia a dia.
Para atingirmos o alto desempenho organizacional é fundamental que tenhamos gestores que desbravem novas ligações neuronais e que não estagnem, ou seja, que procurem o desenvolvimento e treino.
Já Aristóteles dizia "Nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito."
Gestor e Professor Universitário
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico