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Desporto: um poder económico, social e mediático

João Fonseca, da FIFA, valoriza o papel social do desporto. Diana Gomes, representante dos atletas olímpicos, aponta falta de voz nas decisões.
Tiago Sousa 22 de Novembro de 2023 às 10:22


O poder também está no desporto e, por isso, numa conferência sobre "O Poder de Fazer Acontecer", o assunto não podia ficar à porta. João Fonseca, gestor e quadro da FIFA e Diana Gomes, presidente da Comissão de Atletas Olímpicos estiveram à conversa para falar não só da força do desporto, como também dos seus problemas. Rapidamente, e com a contribuição do auditório, a conversa desviou-se para a relação do desporto com os media, a economia e os negócios.

João Fonseca não desvaloriza o valor económico do desporto, mas escolheu começar a sua intervenção para falar do seu "valor social": o "valor que nos engloba a todos, que leva do Barack Obama até ao vizinho do 2.º esquerdo a conectarem-se". Para lá do poder social, Diana Gomes focou-se noutro poder - o poder de decisão dos protagonistas: "os atletas cada vez mais se interessam por ter poder e uma palavra no poder de decisão".

A decisão e o papel social deram o mote a uma conversa que o auditório quis que fosse além. Os presentes mostraram preocupações relativas à exposição mediática das diferentes modalidades sugerindo que a falha nessa ligação afeta o poder do desporto nas decisões económicas ou políticas. Se não há capacidade de exigir mais condições e mais financiamento isso acontece, defendeu um dos ouvintes, porque não há "capacidade do desporto de se afirmar na comunicação social".

Outro participante preferiu focar-se na necessidade de retorno dos apoios das empresas ao Comité Olímpico, porque é importante apoiar, mas nem tudo é "caridade", diz. Diana Gomes replicou que, neste momento, ainda que isso possa "afastar patrocinadores", o modelo do movimento olímpico é bastante protegido "para não ser mais um negócio apenas, para não ser mais uma Liga".

Houve ainda espaço para João Fonseca, em nome do futebol, deixar as suas reivindicações. Disse não entender a diferença na cobrança de IVA de bilhetes do futebol e o fim do programa Regressar que resultava em benefícios fiscais para futebolistas que regressassem a Portugal. 

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