- Partilhar artigo
- ...
"O que acho mais extraordinário neste Prémio Saúde Sustentável é o facto de fazermos uma coisa que nem sempre fazemos no país com a persistência adequada e que é realçar o muito que fazemos bem tanto em circunstâncias institucionais mais desenvolvidas, no terreno, em espaços mais ou menos incógnitos, onde é muito importante realçar o esforço de pessoas ligadas ao sistema de saúde", afirmou Manuel Pizarro, ministro da Saúde, no encerramento da 11.ª conferência do Prémio Saúde Sustentável, uma iniciativa da Sanofi e do Jornal de Negócios, tendo como knowledge partner a NTT DATA.
Ministro da Saúde
Salientou que "mesmo antes de um membro do Governo se ter lembrado de criar a Secretaria de Estado da Promoção da Saúde, verifico que se faz um prémio para a promoção da saúde no Prémio Saúde Sustentável". Segundo Manuel Pizarro, a promoção da saúde ocupa a centralidade de todos os discursos sobre a importância da saúde, mas, depois, é relegada para o meio das múltiplas preocupações quotidianas com o funcionamento do sistema de saúde. O ministro frisou que este, "verdadeiramente, acaba por ser um sistema mais voltado para a doença e para o tratamento da doença, porque tudo é muito emergente, urgente, e não se pode adiar, do que para a promoção da saúde, que é o grande desafio com o qual estamos confrontados".
O envelhecimento
Manuel Pizarro considerou que não se tem conseguido reduzir o afluxo de pessoas à urgência, mas não são estas perturbações que põem em causa o funcionamento das equipas, "porque desse ponto de vista já estávamos habituados que houvesse muitos doentes". Na sua opinião, "o problema é que uma grande parte desses doentes são pessoas idosas com múltiplas patologias, uma situação social muito frágil, com condições muito difíceis, o que torna o trabalho das equipas especialmente penoso e custoso e com impacto sobre a resiliência dessas equipas". O ministro apela à inovação para encontrar novas soluções e novas respostas e manifestou ainda a sua crença na solução de uma direção executiva para o SNS, que assuma uma responsabilidade clara pelos técnicos e operacionais de funcionamento do SNS, e "que permita fazer, com maior autoridade, uma articulação entre as diferentes redes do sistema, como os cuidados de saúde primários, os cuidados de saúde hospitalares, os continuados e paliativos, a rede de emergência médica. Pode ajudar a resolver e a enfrentar os problemas com que nos confrontamos", concluiu Manuel Pizarro.