Outros sites Medialivre
Notícia

As economias em saúde podem sair mais caras a médio e longo prazo

A Sanofi criou uma unidade de negócios global que vende sem lucro trinta medicamentos essenciais nas áreas de diabetes, cardiovascular, oncologia, malária e tuberculose para os quarenta países mais pobres do mundo.

28 de Outubro de 2022 às 15:30
Josep Catllà, senior vice-president e head of corporate affairs na Sanofi. Mariline Alves
  • Partilhar artigo
  • ...
"Com a pandemia, estivemos mais perto do que nunca do nosso propósito, que é garantir a todos os cidadãos o acesso a preços acessíveis dos sistemas de saúde do mundo. Os nossos esforços concentram-se hoje mais do que nunca em ajudar à sustentabilidade desses sistemas de saúde", afirmou Josep Catllà, senior vice-president, head of Corporate Affairs, Communications e CSR da Sanofi, que fez parte da equipa de sonhadores que juntou a Sanofi e o Jornal de Negócios e desenhou este prémio único no momento em que a crise económica atingia a maioria dos países europeus, incluindo Portugal.

Em países com sistemas de saúde robustos, como Portugal, a Sanofi está a desenvolver esforços para trabalhar junto com entidades governamentais, profissionais do setor de saúde, grupos de pacientes e "garantir que todos colaboram para que esses sistemas resistam aos desafios económicos e políticos que enfrentamos em diferentes países", disse Josep Catllà.

Em países sem uma infraestrutura mínima de saúde, a Sanofi criou uma unidade de negócios global que vende sem lucro trinta medicamentos essenciais nas áreas de diabetes, cardiovascular, oncologia, malária e tuberculose para os quarenta países mais pobres do mundo. Já forneceu vacinas gratuitas para a erradicação da poliomielite nos países em que ainda existe essa doença e medicamentos gratuitos para a erradicação da doença do sono em África e continua a cuidar, todos os anos, de mais de 1000 pacientes de doenças raras e ultrarraras em mercados emergentes. "Esta é uma unidade de negócios totalmente orientada para o social e que nenhuma outra indústria farmacêutica tem", esclarece Josep Catllà.

Inovação para ser social

Para manter todo este programa de ação e "batalhas de longo prazo", como lhe chama Josep Catllà, a Sanofi tem de manter todo o seu programa de inovação para que os sistemas de saúde possam dar aos seus cidadãos acesso a cuidados de saúde e a medicamentos de primeira linha. Josep Catllà acrescentou que "precisamos que governos, como o português, reconheçam a inovação médica e acelerem o processo de preço e reembolso em Portugal. Recentemente, trouxemos inovações de primeira classe nas áreas de dermatite atópica, PTTA (púrpura trombocitopénica trombótica adquirida), polipose nasal, cancro de pele não melanoma, multimelanoma ou mesmo uma vacina contra a gripe em altas doses para as comunidades de pacientes vulneráveis". Josep Catllà alertou ainda que as economias em saúde podem ser mais onerosas a médio e longo prazo. Filipe S. Fernandes
Mais notícias