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O administrador executivo do BPI salientou que, ao longo de dez anos, o prémio recebeu mais de dez mil candidaturas, concedeu mais de 150 prémios, e distinguiu onze personalidades. "É com grande alegria que acompanhamos o sucesso deste prémio, até porque o segmento da agricultura é prioritário para o BPI. Quando, há dez anos, decidimos apoiar a agricultura, este desígnio não era tão evidente", recordou Pedro Barreto.
Administrador executivo do BPI
Os desafios relevantes
A sustentabilidade é um tema chave para o planeta em geral e para a agricultura em particular, por isso é, com a inovação, um dos eixos estruturantes do prémio Nacional da Agricultura, mas não são os únicos desafios. "Em relação à emissão de gases com efeito de estufa, a sua redução em Portugal foi superior à média europeia. É um bom resultado mas há muitos desafios como a água, as alterações climáticas, a guerra que teve impacto em vários fatores de produção e na distribuição, os custos de energia e de transporte, a subida do preço dos terrenos agrícolas, a fragmentação da terra, o arrendamento como alternativa à aquisição da terra, como mostram muitos projetos que nos aparecem, em que os investidores não compram a terra mas arrendam-na", observou Pedro Barreto.
Mas Pedro Barreto também não deixou de enunciar as oportunidades relevantes como a nova PAC (Política Agrícola Comum) e o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), "onde há fundos disponíveis e temos de trabalhar, em conjunto, para que sejam bem aproveitados".
A nova arquitetura do prémio
Pedro Barreto explicou a nova arquitetura do Prémio Nacional da Agricultura. No modelo da edição passada havia candidaturas a cinco categorias - empresário em nome individual, jovem agricultor, agricultura exportadora, digital e sustentável - e depois o júri selecionava os melhores. Existia, ainda, uma categoria por nomeação, que era a de personalidade.
"Depois de várias discussões internas e com pessoas do setor, entendemos que havia espaço para evoluir. Vamos ter dois grandes grupos que são a Inovação e a Sustentabilidade", referiu Pedro Barreto. Com a nova estrutura, na Inovação há três categorias- novos projetos, inovação do processo e inovação do produto - e na Sustentabilidade serão premiados "projetos mais virados para este tema que é prioritário para todos e para os quais estão abertas as candidaturas até 31 de outubro", sublinhou Pedro Barreto. As categorias por nomeação passaram a ter duas categorias: personalidade e institucional. "Estas novas categorias estão mais orientadas para os desafios que se colocam ao setor da agricultura", concluiu Pedo Barreto.
Os prémios por candidatura As categorias de candidatura repartem-se pelas categorias de sustentabilidade e inovação, esta subdividida em três temáticas. |
Júri Álvaro Mendonça e Moura, presidente da direção da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal. António Mexia, professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia. António Vicente, professor associado da Universidade do Minho. Emídio Gomes, professor catedrático da Universidade do Porto, presidente da Portus Park, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Firmino Cordeiro, diretor-geral da AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal. Luís Braga da Cruz, presidente da assembleia geral da Forestis. Maria Custódia Correia, coordenadora e chefe de divisão da RRN – Rede Rural Nacional. Maria João Fernandes, delegada nacional / Ponto de Contacto – Programa Horizonte da ANI – Agência Nacional de Inovação. Pedro Barreto, administrador executivo do Banco BPI. Pedro Santos, CEO da Consulai – Consultoria Agroindustrial.
Comité técnico da categoria sustentabilidade Presidente do comité – José Pedro Salema, presidente da EDIA. Helena Freitas, professora catedrática da Universidade de Coimbra. Joaquim Macedo de Sousa, diretor executivo do HIESE João Mira, técnico superior da AJAP. João Nunes, CEO da Associação BLC3. José João Parrão, diretor comercial – Agricultura do Banco BPI. Orlando Rua, investigador do ISCAP. Pedro Guerreiro, diretor de empreendedorismo da ANJE. Rita Estácio, gestora Regia Douro Empreendedor do Regia-Douro Park.
Comité técnico da inovação Presidente do comité – Amândio Santos, presidente do conselho de administração da Portugal Foods. Alexandra Leitão, professora catedrática da Universidade Católica Portuguesa. António Isidoro, diretor executivo da IACA. Filipe Núncio, co-founder & COO da Agri-Marketplace. Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal. Jorge Tomás Henriques, presidente da FIPA. João Folque Patrício, diretor executivo – Agricultura e Turismo do Banco BPI. Manuel Almeida, presidente da direção da ANIL. Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite. Paula Alves, CEO do iBET. Tiago Costa, diretor executivo da Portugal Nuts. |