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Os chás biológicos
"O prémio foi uma grande surpresa porque é uma empresa pequenina", confessou, Nina Gruntkowski, da Chá Camélia, que foi uma das expositoras de produtos no Espaço Ágora em Lisboa para a apresentação da 12.ª edição do PNA. A Chá Camélia venceu em 2022 na categoria ENI (Empresário em Nome Individual) e um dos aspetos considerados para o prémio foi o cuidado ambiental colocado na produção agrícola biológica, feita perto de Vila do Conde. "Ficámos muito contentes com o reconhecimento deste trabalho de raiz", considerou Nina Gruntkowski . O prémio "foi uma motivação grande para a equipa porque recebemo-lo antes da colheita da primavera, a mais importante da Chá Camélia". Sublinhou que estes prémios dão visibilidade e mostram também a diversidade da agricultura, para não se pensar que esta é feita apenas de projetos grandes, mas "que também existem os pequenos".
As laranjas globais
A Cacial - Cooperativa Agrícola de Citrinos do Algarve foi a vencedora em 2022 da categoria agricultora exportadora. O prémio representou "o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, essencialmente uma aposta muito significativa na exportação", referiu Ilídio Silva, diretor financeiro da Cacial. Mas significa também "estímulo para o futuro e continuar a desenvolver a nossa estratégia de exportação, que constitui neste momento 25% do nosso volume de negócios". Na sua opinião, este tipo de iniciativas dá visibilidade e contribui para dar importância ao setor. Para a Cacial, realça uma marca e uma empresa que celebra em 6 de agosto de 2024 60 anos de existência.
O exemplo do avô
Ser o vencedor em 2022 na categoria de jovem agricultor foi para Joel Mateus um "voto de confiança e espelhou o meu trabalho". Considerou que é um "incentivo para os jovens agricultores, sobretudo para quem se está a iniciar". Tem as suas plantações na Carregueira, concelho da Chamusca. Em 2014, Joel Mateus, na altura com 18 anos, decidiu começar a trabalhar por conta própria e fundou a sua própria empresa. Foi para honrar o avô, entretanto já falecido, que decidiu ser empresário. Queria mostrar que era capaz de ganhar a vida com o seu trabalho e "que as horas que o meu avô passou a ensinar-me não foram tempo perdido", afirmou numa entrevista ao jornal Mirante. Começou com cinco hectares de milho a que juntou, mais tarde, a melancia, e hoje tem uma média de 50 hectares onde faz plantação de milho, couves, curgetes, pimentos, abóboras e brócolos.
Um queijo para o futuro
O prémio na categoria agricultura sustentável em 2022 esteve relacionado com um trabalho da marca de queijo flamengo Terra Nostra. "Foi um reconhecimento muito grande de todo o trabalho desenvolvido pela marca no âmbito da sustentabilidade", disse Patrícia Caeiro, brand manager Terra Nostra, da Bel Portugal. Adianta ainda que para os parceiros e os stakeholders é importante saber que este trabalho foi objeto de distinção. "É um trabalho de vários anos com os nossos produtores, com as questões do bem-estar animal, a agricultura regenerativa. Muitas vezes não é visível aos olhos dos nossos consumidores, mas é muito importante para as gerações vindouras e assim darmos continuidade à conservação dos nossos ecossistemas e do nosso planeta". Revela que há vários anos que se candidatavam ao prémio até que em 2022 o projeto de sustentabilidade da marca Terra Nostra foi premiado.
As hortênsias sustentáveis
A Jacobus Van Schie Portugal foi a vencedora em 2022 na categoria de agricultura digital. Faz a produção sustentável de hortênsias, pertence à holandesa Sjaak van Schie, e está instalada na Quinta das Murtas no Montijo. "O prémio foi a validação de uma estratégia em que assumimos investir em tecnologia e inovação, que são dois pilares fundamentais da empresa", sublinhou Fidélio Alegria, diretor-geral da Jacobus Van Schie Portugal. "O prémio veio confirmar que estávamos na direção certa com a estratégia certa", reforçou. Este prémio "traz muita exposição às empresas", o que torna as atividades da empresa mais visíveis para a atração de "novos talentos, de novas parcerias com novos fornecedores e dá uma outra propulsão à nossa atividade".
Os produtores do Matéria: o sal sustentável e a agricultura regenerativa
O Matéria é um projeto sem fins lucrativos, desenvolvido pelo chef João Rodrigues, que pretende promover os produtores nacionais com boas práticas agrícolas e produção animal em respeito pela natureza e meio ambiente, enquanto elementos fundamentais da cultura portuguesa. O projeto Matéria considera que os produtores são os guardiões do território, do saber-fazer, das tradições, dos costumes e em última análise da identidade portuguesa. Teresa Vivas, que faz a promoção da Salmarim, justificou a presença numa mostra de produtos no Espaço Ágora durante a apresentação da 12.ª edição do Prémio Nacional de Agricultura pelo facto de se poderem relacionar "com pessoas que nos podem levar mais longe, o que corresponde à nossa ambição de crescer e ser maiores e melhores". Acrescenta que aviva a consciência de quem "tem de fazer um trabalho sempre bem feito para atingir novas pessoas". Teresa Vivas afirmou ainda que a Salmarim quer que "a vida seja um bocadinho salgada e que transmita alegria ao mundo e às pessoas". A empresa nasceu em 2007 pelas mãos de Jorge Raiado num hectare de salina em Castro Marim, tendo depois dado preferência à fina flor da flor de sal, que hoje vende, mas sempre com preocupações de sustentabilidade em toda a cadeia de valor.
A exploração agrícola situada em Malpica do Tejo tem a marca Monte Silveira Bio, está em modo biológico desde 2000 e trabalha cerca de mil hectares, sobretudo, com leguminosas, cereais e azeite. Como explica João Valente utilizam o mosaico diferenciado, pois têm também a parte de pecuária e de montado. "Há cinco ou seis anos que temos uma abordagem à agricultura regenerativa, e, ao mesmo tempo, temos uma grande componente científica e participamos em vários projetos de investigação com universidades e institutos tanto em Portugal como fora do país, para conseguir criar conhecimento", refere João Valente. Estas iniciativas como o Prémio Nacional de Agricultura premeiam não só a atividade de um ano, "mas também o esforço e a dedicação de vários anos, representando a viragem de um foco para um processo, e, no fundo, todas as pessoas gostam de ser reconhecidas", considera João Valente.
"O prémio foi uma grande surpresa porque é uma empresa pequenina", confessou, Nina Gruntkowski, da Chá Camélia, que foi uma das expositoras de produtos no Espaço Ágora em Lisboa para a apresentação da 12.ª edição do PNA. A Chá Camélia venceu em 2022 na categoria ENI (Empresário em Nome Individual) e um dos aspetos considerados para o prémio foi o cuidado ambiental colocado na produção agrícola biológica, feita perto de Vila do Conde. "Ficámos muito contentes com o reconhecimento deste trabalho de raiz", considerou Nina Gruntkowski . O prémio "foi uma motivação grande para a equipa porque recebemo-lo antes da colheita da primavera, a mais importante da Chá Camélia". Sublinhou que estes prémios dão visibilidade e mostram também a diversidade da agricultura, para não se pensar que esta é feita apenas de projetos grandes, mas "que também existem os pequenos".
As laranjas globais
A Cacial - Cooperativa Agrícola de Citrinos do Algarve foi a vencedora em 2022 da categoria agricultora exportadora. O prémio representou "o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, essencialmente uma aposta muito significativa na exportação", referiu Ilídio Silva, diretor financeiro da Cacial. Mas significa também "estímulo para o futuro e continuar a desenvolver a nossa estratégia de exportação, que constitui neste momento 25% do nosso volume de negócios". Na sua opinião, este tipo de iniciativas dá visibilidade e contribui para dar importância ao setor. Para a Cacial, realça uma marca e uma empresa que celebra em 6 de agosto de 2024 60 anos de existência.
O exemplo do avô
Ser o vencedor em 2022 na categoria de jovem agricultor foi para Joel Mateus um "voto de confiança e espelhou o meu trabalho". Considerou que é um "incentivo para os jovens agricultores, sobretudo para quem se está a iniciar". Tem as suas plantações na Carregueira, concelho da Chamusca. Em 2014, Joel Mateus, na altura com 18 anos, decidiu começar a trabalhar por conta própria e fundou a sua própria empresa. Foi para honrar o avô, entretanto já falecido, que decidiu ser empresário. Queria mostrar que era capaz de ganhar a vida com o seu trabalho e "que as horas que o meu avô passou a ensinar-me não foram tempo perdido", afirmou numa entrevista ao jornal Mirante. Começou com cinco hectares de milho a que juntou, mais tarde, a melancia, e hoje tem uma média de 50 hectares onde faz plantação de milho, couves, curgetes, pimentos, abóboras e brócolos.
Um queijo para o futuro
O prémio na categoria agricultura sustentável em 2022 esteve relacionado com um trabalho da marca de queijo flamengo Terra Nostra. "Foi um reconhecimento muito grande de todo o trabalho desenvolvido pela marca no âmbito da sustentabilidade", disse Patrícia Caeiro, brand manager Terra Nostra, da Bel Portugal. Adianta ainda que para os parceiros e os stakeholders é importante saber que este trabalho foi objeto de distinção. "É um trabalho de vários anos com os nossos produtores, com as questões do bem-estar animal, a agricultura regenerativa. Muitas vezes não é visível aos olhos dos nossos consumidores, mas é muito importante para as gerações vindouras e assim darmos continuidade à conservação dos nossos ecossistemas e do nosso planeta". Revela que há vários anos que se candidatavam ao prémio até que em 2022 o projeto de sustentabilidade da marca Terra Nostra foi premiado.
As hortênsias sustentáveis
A Jacobus Van Schie Portugal foi a vencedora em 2022 na categoria de agricultura digital. Faz a produção sustentável de hortênsias, pertence à holandesa Sjaak van Schie, e está instalada na Quinta das Murtas no Montijo. "O prémio foi a validação de uma estratégia em que assumimos investir em tecnologia e inovação, que são dois pilares fundamentais da empresa", sublinhou Fidélio Alegria, diretor-geral da Jacobus Van Schie Portugal. "O prémio veio confirmar que estávamos na direção certa com a estratégia certa", reforçou. Este prémio "traz muita exposição às empresas", o que torna as atividades da empresa mais visíveis para a atração de "novos talentos, de novas parcerias com novos fornecedores e dá uma outra propulsão à nossa atividade".
Os produtores do Matéria: o sal sustentável e a agricultura regenerativa
O Matéria é um projeto sem fins lucrativos, desenvolvido pelo chef João Rodrigues, que pretende promover os produtores nacionais com boas práticas agrícolas e produção animal em respeito pela natureza e meio ambiente, enquanto elementos fundamentais da cultura portuguesa. O projeto Matéria considera que os produtores são os guardiões do território, do saber-fazer, das tradições, dos costumes e em última análise da identidade portuguesa. Teresa Vivas, que faz a promoção da Salmarim, justificou a presença numa mostra de produtos no Espaço Ágora durante a apresentação da 12.ª edição do Prémio Nacional de Agricultura pelo facto de se poderem relacionar "com pessoas que nos podem levar mais longe, o que corresponde à nossa ambição de crescer e ser maiores e melhores". Acrescenta que aviva a consciência de quem "tem de fazer um trabalho sempre bem feito para atingir novas pessoas". Teresa Vivas afirmou ainda que a Salmarim quer que "a vida seja um bocadinho salgada e que transmita alegria ao mundo e às pessoas". A empresa nasceu em 2007 pelas mãos de Jorge Raiado num hectare de salina em Castro Marim, tendo depois dado preferência à fina flor da flor de sal, que hoje vende, mas sempre com preocupações de sustentabilidade em toda a cadeia de valor.
A exploração agrícola situada em Malpica do Tejo tem a marca Monte Silveira Bio, está em modo biológico desde 2000 e trabalha cerca de mil hectares, sobretudo, com leguminosas, cereais e azeite. Como explica João Valente utilizam o mosaico diferenciado, pois têm também a parte de pecuária e de montado. "Há cinco ou seis anos que temos uma abordagem à agricultura regenerativa, e, ao mesmo tempo, temos uma grande componente científica e participamos em vários projetos de investigação com universidades e institutos tanto em Portugal como fora do país, para conseguir criar conhecimento", refere João Valente. Estas iniciativas como o Prémio Nacional de Agricultura premeiam não só a atividade de um ano, "mas também o esforço e a dedicação de vários anos, representando a viragem de um foco para um processo, e, no fundo, todas as pessoas gostam de ser reconhecidas", considera João Valente.