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Vinte anos depois, em fins de 2016 venceu, com o projecto My American Client, a bolsa internacional American Club of Lisbon Award 2016, uma bolsa com o apoio da Fundação Luso-Americana e American Airlines. Realizou em Outubro de 2017 uma viagem aos EUA com visita a São Francisco, Los Angeles e Nova Iorque.
No regresso de São Francisco imaginou uma plataforma de cooperação entre esse alfobre de tecnológicas e seed-capital e Portugal. Era então digital communication director na Lift Consulting. Pouco depois esta organziação sofreu uma reestruturação e Célia Saraiva saiu para a Skypro, especializada em calçado e uniformes para aviação, onde liderou a entrada nos marketplaces da Amazon e da Zappos.
O sonho da plataforma mantinha-se e, em meados deste ano, decidiu não continuar na Skypro. Numa visita à Wisdom Consulting, Domingas Carvalhosa, com quem trabalhou na Lift, convidou-a para a empresa, mas quando lhe disse que queria lançar o seu próprio, Domingas Carvalhosa desafiou-a a desenvolver o seu projecto pessoal e a parte digital na Wisdom.
Nascimento da Fénix
Célia Saraiva uma marca, a Fénix Digital, que se inspirou na bandeira de São Francisco para gerir projectos digitais, redes sociais, sites e plataformas, tendo já quatro clientes e dois sites em construção.
A Fénix está instalada Wisdom on de Célia Saraiva conta com Joana Fragoso. Tem ainda o apoio de Nuno Ribeiro, que trabalha naTeampartner, e é o CFO do projecto, Alexandre Faria, responsável pela parte tecnológica, que trabalha no parceiro Auroka.
A White Fox será uma plataforma que vai permitir ao utilizadores registar objectivo, como porexemplo, negócios, formação ou lazer), consultar projectos de apoio internacionais, acesso a uma rede de marketplaces, empresas e instituições. As transacções são centralizadas na plataforma e os clientes podem receber suporte, aceder a redes de contactos e serviços disponibilizados na rede por outros utilizadores e parceiros.
É multitasker, está sempre a fazer qualquer coisa. Acabou recentemente o mestrado em Informação e Sistemas Empresariais com a tese sobre a transformação digital e a resistência à mudança no Instituto Superior Técnico. Colabora com a Novabase na gestão de projecto e recrutamento de pessoas na área das tecnologias da informação e apoia na integração das pessoas nos projectos.
Célia Saraiva foi gestora da Auroka durante sete anos , digital strategist do Cookwork, rede social de chefs e profissionais de cozinha e digital marketing manager do Grupo Egor durante quatro anos.
10 disputam vaga em Silicon Valley
O Negócios mostra-lhe os finalistas do prémio lançado pela FLAD e pela consultora EY. O vencedor será anunciado a 20 de Dezembro e terá direito um período de imersão num cluster tecnológico na Califórnia.
Foco numa região pode ser a matriz para mais regiões
As empresas tecnológicas como a Google estão a instalar-se em Portugal, e as empresas portuguesas estão a apostar nas exportações para os EUA.
Factor diferenciador
• O modelo de negócio baseia-se na construção de uma plataforma online onde o objectivo é a democratização de acesso a oportunidades de negócio, networking, formação e lazer.
Estratégia de crescimento
• Aposta no desenvolvimento e sucesso da plataforma, com foco na criação de uma base sólida de clientes nacionais e internacionais, mantendo-se sempre nas regiões Europa e Califórnia. O modelo de negócio poderá ser replicado para outras regiões dos EUA.
Parcerias chave
• Parcerias com instituições governamentais portuguesas, da União Europeia e norte-americanas e ainda com grandes empresas na área tecnológica como, por exemplo, Google, facebook, Amazon, Farfetch, DHL, operadores turísticos e empresas de transporte de bens e pessoais.
Oportunidades
• As empresas portuguesas estão a interessar-se pelo mercado norte-americano. Há empresas tecnológicas americanas a instalar-se em Portugal, que pode ser uma ponte para a Europa.
Perguntas a Célia Saraiva
Empresária da White Fox
"Plataforma digital como missão"
A plataforma imaginada pela empresária quer ser o caminho do el dourado.
O projecto nasceu de uma viagem à Califórnia?
Há um ano fui à Califórnia e percebi que em Portugal temos melhor educação, infra-estruturas, pessoas qualificadas, mas não temos um governo que nos apoie, não temos uma cultura em que as pessoas queiram ir mais além e assumir o risco de falhar. É uma dinâmica e uma energia diferentes. Na viagem de regresso senti que tinha de fazer qualquer coisa.
Como é que surge a plataforma de negócios?
A plataforma divide-se em três áreas, para empresas e negócios, educação e cooperação, e turismo e lazer. Esta é a que vai trazer mais volume à plataforma.
Seria na plataforma que as empresas portuguesas e californianas se registariam para ter acesso mais facilitado a entrar nos respectivos mercados.
Portugal é um país com custos mais baixos e que oferece às empresas norte-americanas um canal de exportação para a Europa inteira.
Onde é que viu a oportunidade de negócio?
Há mais empresas que se dedicam a fazer quase só este serviço mas com um objectivo mais comercial do que o meu, que tem um lado de missão. Tenho de financiar o projecto, porque exige investimento em equipa, tecnologia e manutenção. A plataforma vai ter uma componente comercial, mas gostava de contar com apoios, para sustentar o projecto.