- Partilhar artigo
- ...
Os "Certificados do Tesouro Poupança Mais" fazem a sua estreia no Dia Mundial da Poupança. Este novo produto, que estará disponível para subscrição nos CTT, tem juros crescentes, que chegam a 5%, e podem ser ainda mais elevados se a economia crescer. Face à grande maioria das aplicações com risco semelhante, esta revela-se uma proposta quase imbatível.
O novo produto de poupança impressiona pela rendibilidade. Paga um juro de 2,75% no primeiro ano, 3,75% no segundo e 4,75% no terceiro. Nos dois últimos, paga 5%, mas pode render mais se a economia crescer. Com base na estimativa do FMI, o retorno nos dois últimos anos pode superar 6%. É um produto que "coloca uma taxa de referência para a poupança no mercado", diz Filipe Garcia, economista da IMF.
"A remuneração é atractiva, sobretudo para pequenas poupanças", diz Paula Gonçalves Carvalho, economista-chefe do BPI. A taxa média anual bruta de base é de 4,25%, acima da maioria dos produtos de poupança. Depósitos, seguros de capitalização e até certificados de aforro, mesmo considerando o prémio introduzido em Setembro de 2012, comparam negativamente. Quem subscrever deve ter em conta que não pode, em qualquer circunstância, levantar o dinheiro aplicado durante o primeiro ano. O mínimo de investimento são mil euros.
Olhando para as ofertas de depósitos a prazo a cinco anos, que são reduzidas, num contexto de queda de juros destas aplicações da banca, a rendibilidade mais alta é apresentada pelo BIG, de 3,3% brutos ao ano (2,38% líquidos de impostos). Os novos certificados do Tesouro oferecem, na mesma base, uma rendibilidade de 3,06%.
No caso dos seguros de capitalização, considerando o "Postal Valor Mais", dos CTT, mesmo com a vantagem fiscal (paga 22,4%de IRS após cinco anos e um dia em vez de 28%), rende 2,68% líquidos. Os certificados de aforro só ganham no primeiro ano. Ao final de cinco anos, dado que o prémio de 275 pontos-base só vigora até ao final de 2016, a taxa média anual líquida é de 1,94%.
Melhor só os antigos
"A rendibilidade situa-se entre a dos certificados de aforro e a das obrigações do Tesouro", diz António Ribeiro, da Deco. As obrigações que atingem maturidade em 2018 têm uma taxa de 5,3%. Retirando as comissões e impostos cai para 3,59%. É pouco superior à do novo produto, mas com risco.
Melhor, só os antigos certificados do Tesouro. "As taxas são irrepetíveis", diz António Ribeiro. Nos primeiros anos não são interessantes, mas são compensadas no quinto e décimo anos: 6,8% e 7,1%, respectivamente. "É um investimento para manter". A taxa média anual líquida destes títulos, cuja subscrição foi suspensa no ano passado, é de 4,9%, no final do quinto ano e de 5,11% no décimo.