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Aposte na dívida das empresas, se puder

Emprestar as suas poupanças pode dar retornos atractivos, mas só a aplicação de montantes elevados irá compensar.

31 de Outubro de 2013 às 00:07
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A capacidade das empresas se financiarem nos mercados é muito sensível à percepção em torno do risco do Estado. Em 2012 várias cotadas viraram-se para os aforradores portugueses e ofereceram taxas "chorudas". Os mercados internacionais reabriram um pouco e não têm surgido novas emissões no retalho. A alternativa é a aquisição no mercado das obrigações já emitidas pelas empresas que, apesar de estarem a subir de preço, continuam a dar retornos acima da média. Tenha atenção aos impostos e comissões.

As emissões a retalho de empresas como a EDP, PT, Brisa, Semapa, Sonae, Zon e REN tiveram grande receptividade entre os aforradores portugueses. Foram emitidos cerca de 1,77 mil milhões de euros para o retalho. O grande motivo de atracção foram as taxas brutas superiores a 6% que as operações renderam, mesmo tendo em conta que, após impostos e comissões, a taxa efectiva caía, em alguns casos, para pouco mais de metade.

É possível comprar alguns destes títulos caso o seu intermediário financeiro encontre um vendedor correspondente. Todavia, na maioria dos casos, o preço está mais elevado, pelo que não espere conseguir as mesmas taxas implícitas que eram pagas na altura do lançamento. A Sonae, por exemplo, financiou-se no retalho a uma taxa bruta de 7% mas a taxa está actualmente em 4%. O que não deixa de ser um juro atractivo face a alternativas como os depósitos, tratando-se aqui de dívida que será reembolsada em 2015.

Obrigações não são o mesmo que depósitos, que são garantidos até 100 mil euros pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Nas obrigações, existe o risco de o emitente falhar com o reembolso nos termos acordados. Se precisar de vender antecipadamente pode existir perda de capital.

Esta pode ser uma a boa aposta para diversificar carteiras de investimento, apesar de não ser para todas as bolsas. O Best diz que, "para o investimento directo em obrigações, atendendo às características do investimento, às comissões associadas e à necessária diversificação, será recomendável um investimento médio em torno de 25 mil euros".

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