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Como apostar no regresso de Portugal aos mercados

As obrigações do Tesouro que são transaccionadas no mercado têm oscilado quase como uma "montanha-russa" nos últimos anos.

1 de Abril de 2011-  Fitch corta 'rating' de Portugal em três níveis para próximo de 'lixo', de 'A-' para 'BBB-'. Quatro dias depois a Moody’s reduz a notação financeira do país para Baa1 e admite voltar a cortar.
31 de Outubro de 2013 às 00:03
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Os preços baixaram, e os juros implícitos subiram, em momentos em que os investidores mais temiam que o Estado poderia caminhar para um "perdão" de dívida. Sucedeu o inverso quando os mesmos investidores atribuíam menor probabilidade a esse cenário ou, pelo menos, que qualquer alívio da dívida aconteceria nos empréstimos europeus e não nos privados.

O investimento em obrigações soberanas deixou, com a crise da dívida, de ser um investimento "sem risco". Que o digam os investidores em dívida grega e os bancos que tiveram de reconhecer nos balanços preços mais baixos nestes títulos. Mas as sucessivas "notas positivas" da troika e a promessa de "continuar a apoiar" o País, se as reformas continuarem a ser feitas, tem levado alguns investidores para a dívida portuguesa.

Depois do impacto da crise política de Julho e dos chumbos do Tribunal Constitucional, a situação estabilizou após a última avaliação da troika. Os juros estreitaram-se, sobretudo nos prazos mais curtos. Se, em meados de Julho, era possível garantir uma taxa superior a 7% ao comprar no mercado títulos a reembolsar em Junho de 2018, hoje a taxa não vai além de 5,1%. Fala-se em taxas brutas, pelo que, antes de investir, deve pedir ao intermediário a Taxa Interna de Rendibilidade (TIR), que desconta impostos e comissões. Líquido destes custos, o retorno deverá rondar 3,5%.

Se acredita que a crise da dívida está lentamente a ser resolvida e que estão a ser criadas as "redes de segurança" para evitar novos sobressaltos, a dívida portuguesa ainda permite tirar partido de rendibilidades acima da média. Sobretudo, se não regressar a instabilidade política e os parceiros europeus continuarem a prestar apoio.

Bancos como o Société Générale têm recomendado a aposta nos títulos do Tesouro dos países da "periferia" europeia. Mas nem os mais optimistas em relação à crise da dívida acreditam que será um caminho sem solavancos. Leve em consideração a baixa liquidez do mercado, que pode tornar difícil vender os títulos num "mau momento".

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