Testemunha dos amores de Pedro e Inês, Coimbra é conhecida pela cidade dos enamorados e dos poetas. Cidade universitária, com grande foco na cultura e na educação, aposta na Universidade mais antiga do país, mandada fundar por D. Dinis em 1290, para criar as raízes do seu desenvolvimento. Esta é, atualmente, uma cidade muito focada na saúde e nos serviços, os seus principais eixos de crescimento económico.

Porém, empresários do concelho queixam-se de que há falta de investimento na atração de uma indústria forte, em outras áreas que não a farmacêutica, e que contribua para o crescimento do PIB local. A falta de recursos humanos qualificados e destinados a outras indústrias é um dos pontos negativos apontados.

As duas maiores empresas do concelho, segundo os dados do exercício de 2017 recolhidos pela Informa D&B, são na área da saúde: o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com receitas de 423 milhões de euros, e a Plural, distribuidora de medicamentos, com um volume de vendas de 196 milhões. No top 10 das maiores por volume de negócios está ainda o IPO de Coimbra Francisco Gentil. Em conjunto, são mais de 667 milhões de euros com origem no cluster da saúde. No seu conjunto, as 10 maiores valem 1,18 mil milhões de euros, com um total de 10 mil postos de trabalho. Porém, este grupo de empresas não tem um perfil exportador. O top das 10 maiores exportadoras - lista não coincidente com as maiores por faturação - tem, por sua vez, uma forte componente industrial e juntas exportam 127 milhões de euros, num total de 180 milhões de euros de receitas. Falamos de empresas como a Bluepharma, produtora de medicamentos, a primeira do top e com um volume de negócios de 34,1 milhões de euros, dos quais 29 milhões se destinam para fora de fronteiras.

Seguem-se no "ranking" a Sramport, a Critical Software e a Feedzai, estas duas últimas casos de sucesso internacional na área tecnológica. As 10 exportadoras tinham, em 2017, 1.667 trabalhadores ao seu serviço.