Nasceu no ano 2000 com o foco bem definido: fornecer soluções tecnológicas para satisfazer as necessidades do mercado. Cinco sócios arriscaram num negócio embrionário e lançaram a Present Technologies a partir de uma garagem. Mudaram-se depois para o Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, onde ainda mantêm os escritórios. Iniciaram a atividade com um produto ligado ao desporto, para transmissão de eventos em direto (tecnologia que caiu em desuso), e daí evoluíram para outros na área das telecomunicações.

Entretanto a crise baralhou as contas e a start-up acabou por refrear um pouco o crescimento. A reviravolta foi dada com sucesso e hoje trabalha com algumas das maiores empresas na área das tecnologias de informação, e desenvolve projetos um pouco para todo o mundo. Destaca-se desta lista nomes como Farfech, a Feedzai, a Meo, a Samsung, a Critical Software e a Talkdesk. Atualmente desenvolvem produtos como o SCOM - Smart Card On Mobile, um leitor de cartões que visa integrar o cartão de cidadão em dispositivos móveis, o iMAPARK, uma solução inteligente de estacionamento, ou o Swair, uma solução para segurança aeronáutica, co-financiada pela Agência Espacial Europeia.

Victor Batista e Paulo Martins são dois dos sócios fundadores que ainda se mantêm no capital e partilham a condução dos negócios, que têm crescido de forma sustentada. Apesar do arranque mais demorado, a equipa estima agora crescer acima dos dois dígitos no próximo triénio. "Em 2017 registámos um volume de negócios de 1,5 milhões de euros, em 2018 faturámos 1,7 milhões de euros, e esperamos atingir os 2 milhões no final deste exercício. Para 2020, a expectativa é que sejam atingidos os 2,5 milhões de euros", explica Victor Batista, CEO da Present Technologies.

Este crescimento será feito com base na consolidação dos clientes já existentes e na procura de novos mercados. "Podemos dizer que 100% dos nossos clientes voltam para um segundo projeto, o que prova que estamos a trabalhar bem", refere Paulo Martins.

A empresa está focada em crescer fora de fronteiras, em mercados maduros, como a Europa central e Europa do norte, para onde garante estar preparada para dar respostas. "Queremos ter mais de 70% das nossas receitas fora de Portugal até 2020. Em termos de percentagem não será muito elevado, mas será em termos absolutos, pois vamos crescer também a faturação", explica Victor Batista. Ou seja, em termos práticos, dos 2,5 milhões de euros que estima para 2020, mais de 1,75 milhões serão relativos a clientes fora de fronteiras.

A coesão da equipa, que já ascende a 55 pessoas, é, segundo os acionistas, a principal razão de sucesso da Present Technologies, que entretanto já alargou fisicamente para o Porto, onde tem agora cinco colaboradores.