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Expansão do Alqueva "precisa de 30 MW adicionais" de energia

A meta de reduzir a tarifa energética já levou a EDIA a instalar painéis solares na sede e avançar para um primeiro projecto-piloto, flutuante sobre as águas do Alqueva. Mas a ambição é o auto-consumo, e pode incluir novas parcerias.

30 de Janeiro de 2017 às 21:05
Sara Matos
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Sempre vão avançar com o projecto dos painéis solares flutuantes?

Estou a trabalhar nisso. Já temos a primeira central flutuante instalada. É uma solução muito pequenina, um piloto ainda. Leva 50 painéis, que serve para abastecer um ponto. Substitui uma linha eléctrica que tínhamos que fazer, com dois quilómetros. E que custava tanto quanto isto.

E custou quanto?

São cerca de 70 mil euros. Temos também alguns casos como este [painel solar] da sede, que são UPP – Unidades de Pequena Produção. Permite vender a energia à rede a um preço bonificado. Queremos caminhar para UPAC – Unidades de Produção de Auto-Consumo, em que a energia é para ser usada internamente. É produzida e consumida no mesmo local.

Já faz parte do plano de expansão?

Sim, mas nem todas as [12] zonas têm estações elevatórias. Mas em todos os sítios onde há máquinas, onde há estações elevatórias, vamos pôr painéis deste género – em terra ou na água. Temos também de ter um projecto mais alargado, para pôr nas [estações] existentes. Para esse, eventualmente, vamos precisar de fazer um concurso ou uma parceria com um investidor.

Com que investimento?

O número mágico anda à volta de um euro por watt: um megawatt custa um milhão de euros. Gostávamos de começar com 50 MW – são 50 milhões de euros. Mas temos potencial para chegar aos 100, 120 MW – portanto, 120 milhões de euros.

Aqui também poderá haver interesse de estrangeiros?

Eventualmente. Ou se faz um concurso para a construção, paga-se e fica-se o dono daquilo; ou se faz um concurso para fornecer energia durante ‘x’ anos, o chamado PPA – Power Purchase Agreement. E ficamos obrigados a comprar energia ao promotor durante x anos, por aquele preço. Que será melhor do que aquele que conseguimos no mercado. Senão, não avançávamos.

Tinha preferência por algum dos modelos?

Há limites à nossa capacidade de endividamento, que nos obrigam, em grande parte, a ter que ir para uma parceria, um contrato de prestação de fornecimento de energia. Mas nas áreas novas, não. Onde vamos construir centrais novas, prevemos isso logo de raiz. Já estamos a incluir essa componente no projecto – a expansão precisa de cerca de 30 MW de potência adicional, que seriam 30 MW de potência fotovoltaica. 

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