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O real banho é inglês, a etiqueta bem lusa

Os britânicos já comprovaram que gostam dos produtos portugueses: nos lençóis da cama, na toalha de banho, no cortinado da sala. Neste segmento, Portugal representa 8% das importações do Reino Unido.

24 de Fevereiro de 2015 às 00:01
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Mesa posta em Aveiro para o crescente interesse britânico. O quarto maior importador mundial de produtos têxteis de cama, banho e mesa abre um mundo de oportunidades para uma das alavancas do distrito. Ao todo, Portugal já representa 8% das compras do Reino Unido nesta área de actividade.


Mas há mais para explorar na segunda maior economia da União Europeia. A crescente desindustrialização abre portas a bens de consumo como vestuário, calçado, mobiliário, cerâmicas, bens alimentares e materiais de construção.


Portugal tem sabido aproveitar. O Reino Unido já é o quinto maior cliente das exportações lusas, valorizando a proximidade e a qualidade da mão-de-obra nacional.

 

Apesar do retorno lento, é um mercado para continuar a apostar. Nem a previsão de contracção das importações britânicas para 2015 parece atenuar a tendência.


Em território britânico há condições fiscais favoráveis ao investimento: a tributação tem vindo a ser reduzida nos últimos anos. Há ainda benefícios adicionais para quem aposte nas regiões que se encontrem em declínio económico ou em sectores considerados inovadores.

 

Nem tudo é simples: trata-se de um país muito competitivo. O melhor é estar preparado para lidar com a concorrência dos países asiáticos e do leste da Europa, com propostas de valor geralmente inferiores às nacionais. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Perguntas a Miguel Fontoura, Delegado da AICEP no Reino Unido
"Olhar o Reino Unido como parceiro"

Não é um mercado fácil, mas sabe reconhecer a qualidade. Eis o Reino Unido.

 

Quais as principais dicas para investir no Reino Unido?
O Reino Unido é um mercado de validação, extremamente competitivo e com grande grau de exigência. As empresas que o procuram devem ter uma estratégia pré-definida. Dada a enorme concorrência e o custo de entrada no mercado, sugere-se a adopção de uma estratégia faseada e continuada.

 

Quais os sectores mais atractivos para investir no país?
Destacaria as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), a indústria automóvel e a das ciências da vida.

 

É um mercado de retorno imediato?
É um  mercado de bom retorno, mas mais lento do que se poderia pensar. Uma vez que a empresa consiga criar uma relação comercial, tem tendencialmente garantida a longevidade da mesma.

 

Na fileira dos produtos para a casa, quais as principais vantagens nacionais?
A qualidade da oferta e uma flexibilidade na produção.

 

De que forma Portugal – e em especial o distrito de Aveiro – podem sair beneficiados da relação com o Reino Unido?
Aveiro deve olhar para o mercado do Reino Unido como um parceiro estratégico: um mercado que valida o produto português internacionalmente, sofisticado, sólido e com uma economia claramente a crescer mais do que a da Zona Euro.

 

 

 

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