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Mesa posta em Aveiro para o crescente interesse britânico. O quarto maior importador mundial de produtos têxteis de cama, banho e mesa abre um mundo de oportunidades para uma das alavancas do distrito. Ao todo, Portugal já representa 8% das compras do Reino Unido nesta área de actividade.
Mas há mais para explorar na segunda maior economia da União Europeia. A crescente desindustrialização abre portas a bens de consumo como vestuário, calçado, mobiliário, cerâmicas, bens alimentares e materiais de construção.
Portugal tem sabido aproveitar. O Reino Unido já é o quinto maior cliente das exportações lusas, valorizando a proximidade e a qualidade da mão-de-obra nacional.
Apesar do retorno lento, é um mercado para continuar a apostar. Nem a previsão de contracção das importações britânicas para 2015 parece atenuar a tendência.
Em território britânico há condições fiscais favoráveis ao investimento: a tributação tem vindo a ser reduzida nos últimos anos. Há ainda benefícios adicionais para quem aposte nas regiões que se encontrem em declínio económico ou em sectores considerados inovadores.
Nem tudo é simples: trata-se de um país muito competitivo. O melhor é estar preparado para lidar com a concorrência dos países asiáticos e do leste da Europa, com propostas de valor geralmente inferiores às nacionais.
Não é um mercado fácil, mas sabe reconhecer a qualidade. Eis o Reino Unido.
Quais as principais dicas para investir no Reino Unido?
O Reino Unido é um mercado de validação, extremamente competitivo e com grande grau de exigência. As empresas que o procuram devem ter uma estratégia pré-definida. Dada a enorme concorrência e o custo de entrada no mercado, sugere-se a adopção de uma estratégia faseada e continuada.
Quais os sectores mais atractivos para investir no país?
Destacaria as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), a indústria automóvel e a das ciências da vida.
É um mercado de retorno imediato?
É um mercado de bom retorno, mas mais lento do que se poderia pensar. Uma vez que a empresa consiga criar uma relação comercial, tem tendencialmente garantida a longevidade da mesma.
Na fileira dos produtos para a casa, quais as principais vantagens nacionais?
A qualidade da oferta e uma flexibilidade na produção.
De que forma Portugal – e em especial o distrito de Aveiro – podem sair beneficiados da relação com o Reino Unido?
Aveiro deve olhar para o mercado do Reino Unido como um parceiro estratégico: um mercado que valida o produto português internacionalmente, sofisticado, sólido e com uma economia claramente a crescer mais do que a da Zona Euro.