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Construir e plantar um Senegal que cresce

À medida que o país africano vê a sua economia reforçar-se, há mais sectores prontos para receber investimento estrangeiro. Aveiro poderá mostrar a sua força na construção e nos produtos alimentares.

24 de Fevereiro de 2015 às 00:01
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Para já, é um mercado potencial de 13,6 milhões de clientes. A expectativa é de que esse número chegue aos 21 milhões em 2030. A presença portuguesa no Senegal ainda é tímida.


As perspectivas da APIX [agência que promove o investimento externo no Senegal] falam num crescimento da economia do país na ordem dos 4% em 2013. A meta é atingir o dobro desse ritmo evolutivo até 2018.


A cerca de três mil quilómetros de Lisboa, há um território que se quer unir ainda mais ao mundo. Para tal, precisa de infra-estruturas: portos, aeroportos, estradas, redes de telecomunicações. Nessa vontade, abre-se margem para o investimento estrangeiro: Portugal poderá aproveitar a oportunidade para ajudar a construir o país.


O Senegal tem ainda um potencial agrícola pouco explorado, com quatro milhões de hectares prontos para serem cultivados. O cenário abre também portas para a importação de produtos alimentares, embora haja bastantes restrições a esse nível.


A balança comercial com o Senegal é favorável a Portugal. Em 2014, o país africano foi o 58º maior comprador, representando 0,09% das exportações nacionais. Combustíveis minerais, metais comuns, máquinas e aparelhos, veículos e outros materiais de transporte ocupam o "top" das compras.
O Senegal é o 74º fornecedor de Portugal, representando 0,04% das importações lusas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Perguntas a: Abdrahmane Diallo, Consultor de negócios para a África Ocidental
"Senegal tem retorno muito rápido"

Abdrahmane Diallo tem colaborado com a Embaixada de Portugal no Senegal no apoio a projectos de investimento portugueses. O consultor empresarial trabalha ainda com vários governos da África Ocidental em busca de investimento estrangeiro naquela região.

 

Que conselhos deixa a quem queira investir no Senegal?
O conselho que posso dar aos interessados em investir [no Senegal] é que procurem consultoria internacional sediada em Dakar para um estudo de mercado e um relatório detalhando todas as informações necessárias [a esse processo].

 

Quais os sectores mais interessantes a esse nível?
Os sectores com mais oportunidades são agricultura, turismo, mariscos e aquacultura, tecnologias da informação e da comunicação e teleserviços, saúde e imobiliário.

 

É um mercado de retorno imediato?
Sim, pode-se obter um retorno sobre o investimento muito rapidamente.

 

O Senegal é uma verdadeira alternativa para investir em território africano?
Sim, o Senegal é mais seguro de que qualquer outro país na África Ocidental. É um país estável, aberto e moderno, com infra-estruturas básicas, uma economia saudável e competitiva e  recursos humanos de qualidade. O Senegal tem ainda um quadro legal e fiscal incentivador bem como um acesso privilegiado a outros mercados regionais e internacionais.

 

 

 

 

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