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Viana do Castelo e o Alto Minho "têm desempenhado um papel na criação de um verdadeiro cluster automóvel, o que se deve, em primeiro lugar, ao talento existente, à qualidade da mão-de-obra, à capacidade de refuncionalização e de requalificação mas também ao trabalho dos autarcas nomeadamente na criação de infraestruturas de qualidade que passam por parques industriais modernos, novas ligações" e pelo facto de ser uma zona geográfica com proximidade da Galiza, afirmou José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo. O autarca destacou o apoio da AICEP, que é "um parceiro fundamental, o braço esquerdo e direito" da autarquia, nas palavras de José Maria Costa, do IAPMEI e CCDR Norte.
Para o autarca, a articulação que existe com as instituições de formação, como o PVC, a Universidade do Minho, a Universidade do Porto e a UTAD (que é fornecedora de mão-de-obra na área dos plásticos), bem como com o IEFP, "que tem sido capaz de uma grande agilidade para montar rapidamente respostas para se avançar com projetos de formação e requalificação", tem sido essencial. A Câmara Municipal assinou com o IEFP um protocolo para a criação de um centro de formação profissional, em que também estará o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), na zona industrial de Alvarães Norte.
Compromisso de parceria
Na opinião de José Maria Costa, "a relação entre o autarca e o empresário é fundamental e tem de ser de confiança". Nela, "todas as questões têm de ser colocadas e, a partir daí, passam a ser nossos parceiros", explica. Um aspeto importante revelado pelos estudos internacionais é que sempre que há empresas internacionais que se instalam os novos investimento são de reinvestimentos dessas empresas, cerca de 30 a 40%, afirmou. "A relação que o município tem criado com as empresas não é uma relação de venda de um terreno, é um compromisso claro de parceria", disse José Maria Costa.
Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo
Este cluster emprega 2.300 pessoas e, nos últimos nove anos, os investimentos triplicaram. "Estamos a ser um forte contribuinte para o mercado das exportações e para a balança da nossa economia e das nossas divisas, e, acima de tudo, temos um novo setor em desenvolvimento que se prende com maior qualificação e empregabilidade." Segundos o autarca, "temos mais de 17% de quadros superiores que são bacharéis e licenciados nas nossas empresas, estamos a aumentar competências e a atrairmos mais talentos".
Na área da descarbonização, a câmara tem um projeto em parceria com a Associação Empresarial de Viana do Castelo para implementar, já em setembro, na zona industrial de Neiva I e II fase, a primeira comunidade energética renovável: O projeto envolve seis empresas mais "energívoras dessa zona industrial", a que se junta a West Sea/Martifer, que construiu duas torres eólicas para a produção de energia no mar. O objetivo é aumentar a disponibilidade de energia renovável nas zonas industriais.