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Viana do Castelo será neutra em carbono em 2027

“Queremos transformar Viana do Castelo como uma zona neutra em carbono até 2027 e, para isso, estamos alinhados com as empresas”, afirma José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo.

09 de Agosto de 2021 às 15:50
José Maria Costa apresentou projeto para melhoraria energética da indústria. Ricardo JR
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Viana do Castelo e o Alto Minho "têm desempenhado um papel na criação de um verdadeiro cluster automóvel, o que se deve, em primeiro lugar, ao talento existente, à qualidade da mão-de-obra, à capacidade de refuncionalização e de requalificação mas também ao trabalho dos autarcas nomeadamente na criação de infraestruturas de qualidade que passam por parques industriais modernos, novas ligações" e pelo facto de ser uma zona geográfica com proximidade da Galiza, afirmou José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo. O autarca destacou o apoio da AICEP, que é "um parceiro fundamental, o braço esquerdo e direito" da autarquia, nas palavras de José Maria Costa, do IAPMEI e CCDR Norte.

Para o autarca, a articulação que existe com as instituições de formação, como o PVC, a Universidade do Minho, a Universidade do Porto e a UTAD (que é fornecedora de mão-de-obra na área dos plásticos), bem como com o IEFP, "que tem sido capaz de uma grande agilidade para montar rapidamente respostas para se avançar com projetos de formação e requalificação", tem sido essencial. A Câmara Municipal assinou com o IEFP um protocolo para a criação de um centro de formação profissional, em que também estará o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), na zona industrial de Alvarães Norte.

Compromisso de parceria

Na opinião de José Maria Costa, "a relação entre o autarca e o empresário é fundamental e tem de ser de confiança". Nela, "todas as questões têm de ser colocadas e, a partir daí, passam a ser nossos parceiros", explica. Um aspeto importante revelado pelos estudos internacionais é que sempre que há empresas internacionais que se instalam os novos investimento são de reinvestimentos dessas empresas, cerca de 30 a 40%, afirmou. "A relação que o município tem criado com as empresas não é uma relação de venda de um terreno, é um compromisso claro de parceria", disse José Maria Costa.

A relação entre o autarca e o empresário é fundamental e tem de ser de confiança. José Maria Costa
Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

Este cluster emprega 2.300 pessoas e, nos últimos nove anos, os investimentos triplicaram. "Estamos a ser um forte contribuinte para o mercado das exportações e para a balança da nossa economia e das nossas divisas, e, acima de tudo, temos um novo setor em desenvolvimento que se prende com maior qualificação e empregabilidade." Segundos o autarca, "temos mais de 17% de quadros superiores que são bacharéis e licenciados nas nossas empresas, estamos a aumentar competências e a atrairmos mais talentos".

Na área da descarbonização, a câmara tem um projeto em parceria com a Associação Empresarial de Viana do Castelo para implementar, já em setembro, na zona industrial de Neiva I e II fase, a primeira comunidade energética renovável: O projeto envolve seis empresas mais "energívoras dessa zona industrial", a que se junta a West Sea/Martifer, que construiu duas torres eólicas para a produção de energia no mar. O objetivo é aumentar a disponibilidade de energia renovável nas zonas industriais.