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O futuro está na mobilidade elétrica

O grande projeto de sustentabilidade da BorgWarner, o “Charging Forward”, tem como objetivo chegar a 2030 com 45% das vendas para veículos elétricos, que hoje não vão além dos 3%.

09 de Agosto de 2021 às 10:57
Ana Silva diz que a BorgWarner quer estar próxima das pessoas. Ricardo JR
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A BorgWarner tem cerca de 50 mil colaboradores em 24 países e 96 localizações, tendo vendas consolidadas de 10,2 mil milhões de dólares (8,6 mil milhões de euros) em 2020. A dispersão global é equilibrada, com 33 localizações nas Américas, 35 na Ásia e 28 na Europa.

"A nossa visão estratégica da indústria leva-nos a querer estarmos próximos dos nossos clientes. E para estas parcerias terem um resultado melhor em termos de colaboração e proximidade, mas também ambiental, queremos que a nossa cadeia de abastecimento esteja próxima", explica Ana Silva, responsável de recursos humanos da BorgWarner.

Segundo a responsável, a BorgWarner destaca-se pela inovação dos produtos em sistemas de propulsão em motores de combustão interna, motores híbridos e motores elétricos tanto em veículos ligeiros como comerciais, em que se incluem os camiões, transporte passageiros e máquinas industriais e agrícolas.

A empresa tem como objetivo ser "carbono neutra" em 2035, reduzindo em 50% a emissão de gases com efeito de estufa e 35% do consumo energético, "não só nas nossas operações diretas mas também na nossa cadeia de valor e a todos os nossos parceiros", precisou Ana Silva. Estão a trabalhar num grande projeto de sustentabilidade, que é o "Charging Forward", para chegar a 2030 com 45% das vendas para veículos elétricos - a mobilidade do futuro - que hoje não vão além dos 3%.

Três localizações

Em Portugal, a empresa tem três localizações: em Viana do Castelo estão duas unidades. O grupo está no parque industrial de Lanheses desde 2014 "e está neste momento a correr a segunda fase do investimento, onde temos cerca de mil pessoas e vendas de 154 milhões de euros", refere Ana Silva. No ano passado adquiriram a Delphi Technology, que está instalada no Seixal desde 1991, que produz sensores e ignições e tem 400 colaboradores. O investimento inseriu-se na estratégia da BorgWarner de crescer em tecnologias elétricas e eletrónicas e de mobilidade elétrica.

A segmentação de mercado é 65% para ligeiros e o restante para comerciais e os principais produtos são sistemas de EGR que permitem a eficiência energética do motor, reduzindo os consumos e as emissões nocivas tanto para combustão como híbridos e elétricos. Tem ainda uma segunda área de power eletronics ligada às ignições como os "heaters" exclusivamente para veículos elétricos.

A segunda unidade da BorgWarner Power Drive Systems, que está vocacionada para veículos elétricos, deve-se muito aos vários fatores de competitividade tanto do país e como locais. Para Ana Silva, está muito ligada às pessoas, "à nossa produtividade, a adaptabilidade com a transição para o elétrico, a forma como trabalhamos e como executamos e Portugal está na linha da frente da BorgWarner".