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O Tesla ficou a carregar durante a noite e a bateria ficou cheia. De manhã, saída de Lisboa com destino a Évora. O plano: passar o dia na cidade alentejana e regressar no final do dia. Mas o que poderia ter sido uma viagem perfeitamente normal tornou-se numa verdadeira aventura para o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).
"Tentei carregar o carro em Évora, mas não consegui porque os postos estavam todos avariados. E o único que não estava, tinha um veículo eléctrico a carregar", conta ao Negócios António Sá da Costa.
O líder da APREN conseguiu regressar à capital com a mesma carga e queixou-se à Mobi.E sobre o estado da rede. Mas do outro lado da linha a resposta foi curta e directa: "Não existem peças" para arranjar os postos.
A nível oficial, a rede Mobi.E conta com 1.300 pontos de carregamento de acesso público em Portugal Continental. No final de 2014, a rede contava com 884 utilizadores, mais 52% face ao ano anterior. O Negócios tentou apurar qual o estado actual da rede, mas não obteve resposta em tempo útil.
O Governo reconhece que a rede precisa de ser actualizada para que os condutores dos carros verdes não fiquem apeados. "Temos de trabalhar mais ao nível da rede", admite o ministro do Ambiente. Jorge Moreira da Silva aponta que o Executivo se prepara para investir na rede usando os fundos do Portugal 2020. Até ao final do ano, deverão ser instalados 50 postos de carregamento rápido, incluindo em várias auto-estradas, o que facilita o percurso de quem se desloca entre cidades.
Ao mesmo tempo, "existem muitos postos de carregamento em armazém e que ainda não foram instalados porque são muito caros e o Governo ainda não se chegou à frente com o dinheiro para pagar", diagnostica o professor José Maia do Instituto Politécnico do Setúbal. Outro dos problemas prende-se com o facto de o Governo ainda não ter chegado a acordo com a Mobi.E sobre os pagamentos da factura da energia nos postos, que agora é gratuita.
A Associação Portuguesa de Veículos Eléctricos (APVE) aponta que "este monopólio durou pouco, quase não teve utilizadores e nunca teve clientes". "O problema grave é que foi um monopólio construído com dinheiro dos contribuintes", reage Jorge Vasconcelos.
O mau estado da rede ameaça também travar a expansão em Portugal do carro eléctrico e dos híbridos "plug in", apesar das estimativas apontarem para um crescimento de 265% este ano, para um total de mil veículos. Mas não basta comprar, é preciso que a rede esteja pronta a carregar.
"Tentei carregar o carro em Évora, mas não consegui porque os postos estavam todos avariados. E o único que não estava, tinha um veículo eléctrico a carregar", conta ao Negócios António Sá da Costa.
O líder da APREN conseguiu regressar à capital com a mesma carga e queixou-se à Mobi.E sobre o estado da rede. Mas do outro lado da linha a resposta foi curta e directa: "Não existem peças" para arranjar os postos.
A nível oficial, a rede Mobi.E conta com 1.300 pontos de carregamento de acesso público em Portugal Continental. No final de 2014, a rede contava com 884 utilizadores, mais 52% face ao ano anterior. O Negócios tentou apurar qual o estado actual da rede, mas não obteve resposta em tempo útil.
O Governo reconhece que a rede precisa de ser actualizada para que os condutores dos carros verdes não fiquem apeados. "Temos de trabalhar mais ao nível da rede", admite o ministro do Ambiente. Jorge Moreira da Silva aponta que o Executivo se prepara para investir na rede usando os fundos do Portugal 2020. Até ao final do ano, deverão ser instalados 50 postos de carregamento rápido, incluindo em várias auto-estradas, o que facilita o percurso de quem se desloca entre cidades.
Ao mesmo tempo, "existem muitos postos de carregamento em armazém e que ainda não foram instalados porque são muito caros e o Governo ainda não se chegou à frente com o dinheiro para pagar", diagnostica o professor José Maia do Instituto Politécnico do Setúbal. Outro dos problemas prende-se com o facto de o Governo ainda não ter chegado a acordo com a Mobi.E sobre os pagamentos da factura da energia nos postos, que agora é gratuita.
Tentei carregar o carro eléctrico
em Évora, mas não consegui.
em Évora, mas não consegui.
António Sá da Costa
Presidente da APREN
Presidente da APREN
A Associação Portuguesa de Veículos Eléctricos (APVE) aponta que "este monopólio durou pouco, quase não teve utilizadores e nunca teve clientes". "O problema grave é que foi um monopólio construído com dinheiro dos contribuintes", reage Jorge Vasconcelos.
O mau estado da rede ameaça também travar a expansão em Portugal do carro eléctrico e dos híbridos "plug in", apesar das estimativas apontarem para um crescimento de 265% este ano, para um total de mil veículos. Mas não basta comprar, é preciso que a rede esteja pronta a carregar.