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A solução não passa apenas pelo veículo eléctrico mas a mobilidade do futuro vai ser eléctrica, partilhada e conectada, que serão os seu drivers, referiu Paulo Rodrigues, administrador da APVE (Associação Portuguesa Veículos Eléctricos). "O veículo eléctrico é parte da solução mas não é a bala de prata", garantiu Rui Velasco Martins. Direcção de Serviços de Estudos, Avaliação e Prospectiva do IMT (Instituto de Mobilidade e de Transportes). O carro eléctrico não resolve as questões de estacionamento e de congestionamento urbanos. E deu como o exemplo o facto de o estacionamento em Lisboa equivaler a 600 relvados de futebol.
Citou um estudo do Boston Consulting Group, em que se admite que, dentro de 20 anos, só sejam necessários metade dos automóveis. "A adopção do carro eléctrico começou por ser emocional, e hoje já é racional. Ainda conta com incentivos, mas tem de se levar em linha de conta o impacto ambiental", referiu Luís Reis. Ma não é o veículo eléctrico que tem apoios. "A indústria automóvel europeia recebe incentivos na ordem dos 56 mil milhões de euros", esclareceu Paulo Rodrigues. Por isso novo modos de mobilidade e um novo paradigma energético "merecem ser apoiados".
Na sua opinião, está-se no segundo ciclo dos automóveis eléctricos. Sublinhou que as baterias tiveram uma grande evolução porque houve "um pressing da indústria automóvel para melhorar as baterias", salientou Luís Reis. A densidade aumentou 400%, o custo de carregamento baixou 80%, e a autonomia, em certos modelos, já pode chegar aos 600 kms. "O veículo eléctrico é a viragem do produto para o serviço", concluiu Luís Reis.
O futuro será digital
A tecnologia de emissões vai tornar-se mais onerosa e os custos industriais destes automóveis vão crescer enquanto os dos eléctricos vão baixar, referiu Luís Reis. Na sua opinião a combustão tem a morte anunciada. A indústria automóvel é como a banca em 2008. É muito grande para cair mas vai cair. Considera a mobilidade vai ser multiforme com autocarros, scooters, bicicletas, carros partilhados, por isso, implica ter um olhar amplo e ter em conta o ecossistema da mobilidade. Sublinhou que esta deve ter como fim a mobilidade dos cidadãos.
"O ciclo de introdução de novas tecnologias e serviços está a ser intenso", afirmou Luís Reis, Luís Reis, Business Development Manager para a Mobilidade do CEiiA, o que vai mudar a forma de falar do serviço público de transportes, "que terá de ser repensado". O modelo será a plataforma para fazer as suas escolhas, disse Luís Reis.
Transporte flexível
O ponto de intersecção deste paradigma multimodal, segundo Rui Velasco Martins, será digital: "a mobilidade do futuro vai passar pelo digital". Foi dado o exemplo de Viena que já tem um sistema de informação que permite ao utilizador optar, segundo vários filtros e configurações, pela forma e combinação de transportes que mais lhe interessa naquele momento.
"A bicicleta eléctrica está a mudar a realidade da mobilidade, tal como o andar a pé, implica a reformulação dos espaços urbanos", salientou Rui Velasco Martins. Este técnico superior do IMT falou das diferenças que existem quando se analisa a mobilidade entre o interior e o mundo rural e o urbano. Defende "o transporte flexível para as zonas com menos população".
Por sua vez, Rui Velasco Martins sublinhou que a transformação da mobilidade não é energética mas tem que ver com a digitalização, a economia da partilha, a conectividade. Relaciona-se também com os problemas ambientais das cidades com as emissões, a qualidade do ar, e o conceito de sustentabilidade.
Citou um estudo do Boston Consulting Group, em que se admite que, dentro de 20 anos, só sejam necessários metade dos automóveis. "A adopção do carro eléctrico começou por ser emocional, e hoje já é racional. Ainda conta com incentivos, mas tem de se levar em linha de conta o impacto ambiental", referiu Luís Reis. Ma não é o veículo eléctrico que tem apoios. "A indústria automóvel europeia recebe incentivos na ordem dos 56 mil milhões de euros", esclareceu Paulo Rodrigues. Por isso novo modos de mobilidade e um novo paradigma energético "merecem ser apoiados".
4%
Dos veículos vendidos em Portugal em 2018 são eléctricos.
Na sua opinião, está-se no segundo ciclo dos automóveis eléctricos. Sublinhou que as baterias tiveram uma grande evolução porque houve "um pressing da indústria automóvel para melhorar as baterias", salientou Luís Reis. A densidade aumentou 400%, o custo de carregamento baixou 80%, e a autonomia, em certos modelos, já pode chegar aos 600 kms. "O veículo eléctrico é a viragem do produto para o serviço", concluiu Luís Reis.
O futuro será digital
A tecnologia de emissões vai tornar-se mais onerosa e os custos industriais destes automóveis vão crescer enquanto os dos eléctricos vão baixar, referiu Luís Reis. Na sua opinião a combustão tem a morte anunciada. A indústria automóvel é como a banca em 2008. É muito grande para cair mas vai cair. Considera a mobilidade vai ser multiforme com autocarros, scooters, bicicletas, carros partilhados, por isso, implica ter um olhar amplo e ter em conta o ecossistema da mobilidade. Sublinhou que esta deve ter como fim a mobilidade dos cidadãos.
"O ciclo de introdução de novas tecnologias e serviços está a ser intenso", afirmou Luís Reis, Luís Reis, Business Development Manager para a Mobilidade do CEiiA, o que vai mudar a forma de falar do serviço público de transportes, "que terá de ser repensado". O modelo será a plataforma para fazer as suas escolhas, disse Luís Reis.
Transporte flexível
O ponto de intersecção deste paradigma multimodal, segundo Rui Velasco Martins, será digital: "a mobilidade do futuro vai passar pelo digital". Foi dado o exemplo de Viena que já tem um sistema de informação que permite ao utilizador optar, segundo vários filtros e configurações, pela forma e combinação de transportes que mais lhe interessa naquele momento.
"A bicicleta eléctrica está a mudar a realidade da mobilidade, tal como o andar a pé, implica a reformulação dos espaços urbanos", salientou Rui Velasco Martins. Este técnico superior do IMT falou das diferenças que existem quando se analisa a mobilidade entre o interior e o mundo rural e o urbano. Defende "o transporte flexível para as zonas com menos população".
Por sua vez, Rui Velasco Martins sublinhou que a transformação da mobilidade não é energética mas tem que ver com a digitalização, a economia da partilha, a conectividade. Relaciona-se também com os problemas ambientais das cidades com as emissões, a qualidade do ar, e o conceito de sustentabilidade.
Participantes
A "Mobilidade Eléctrica em Portugal" foi uma conversa entre Paulo Rodrigues, administrador da APVE, Luís Reis, Business Development Manager para a Mobilidade do CEiiA, Rui Velasco Martins, direcção de Serviços de Estudos, Avaliação e Prospectiva do Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), com moderação de André Veríssimo, director do Jornal de Negócios.