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O Mobi Cascais reúne numa única plataforma toda a oferta de transporte no concelho: comboio, autocarro, parque de estacionamento, bicicletas e até parceiros de car-sharing.
O que é que faz de Cascais uma smart-city?
A cidade inteligente não é aquela se escraviza em função da tecnologia. Não é feita de relações entre chips e computadores. A cidade inteligente é a que coloca a tecnologia ao serviço das pessoas. Esse é o projecto de Cascais e que assenta sobretudo em três áreas: cidadania inteligente, mobilidade inteligente, ambiente e energia Inteligentes.
Dentro destas três áreas de actuação, temos dezenas de programas a correr que colocam Cascais na vanguarda da utilização da tecnologia na promoção de políticas públicas mais democráticas, mais solidárias e mais eficientes.
Como é que se caracteriza hoje a mobilidade em Cascais? E como é que, na prática, se traduz o conceito da mobilidade como um serviço?
Temos de reconhecer que a mobilidade é o principal desafio das grandes áreas metropolitanas. É-o em Portugal, notoriamente em Lisboa e Porto, mas também em muitos pontos do planeta. Como é que as decisões políticas podem conquistar tempo aos cidadãos e, ao mesmo tempo, promover meios de transporte mais eficientes, a sustentabilidade ambiental e a competitividade económica dos territórios? É o desafio que temos pela frente.
O Mobi Cascais é um sistema de mobilidade tão revolucionário que foi caso de estudo na CES - a maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas. Cidades como Los Angeles, ficaram muito interessadas em partilhar experiências connosco neste domínio.
Caracteriza-se, sobretudo, por ter reunido numa única plataforma toda a oferta de transporte no concelho: comboio, autocarro, parque de estacionamento, bicicletas e parceiros de car-sharing. A partir de um telemóvel ou computador, os cidadãos podem tratar da bilhética, passes, controlo de tempos de chegada e até reserva de estacionamento.
A revolução que estamos a operar nesta fase prende-se com a oferta da mobilidade como serviço. Isto é: o utilizador só paga a mobilidade que efectivamente consome. Como se fosse o "Netflix da mobilidade". Isto representará um enorme ganho para os utilizadores e uma tremenda injecção de competitividade nos programas de mobilidade.
Quais foram desde 2016 até agora os montantes de investimento na mobilidade em Cascais? Quais são os indicadores mais positivos e os mais negativos no novo sistema de mobilidade desde 2017?
O investimento global no Mobi Cascais ronda os 12 milhões de euros, a uma média de 4 milhões de euros/ano.
Positivo: à entrada do segundo trimestre de 2018, tínhamos 7000 utilizadores registados no MobiCascais, 46960 passageiros transportados no buscas e 700 assinaturas de bike sharing vendidas. Os últimos números de que dispomos mostram uma evolução muito favorável.
Negativo: a Linha de Cascais, para a qual fizemos convergir um número substancial de passageiros. A integração com a CP era uma reivindicação com 40 anos. Fez-se, mas a Linha de Cascais está numa espiral de degradação que este governo agravou e que, temo, se aproxime da irreversibilidade.
Quais são os principais projectos futuros? O que imaginam que possa acontecer à mobilidade de Cascais depois do concurso público de transportes públicos rodoviários em 2019?
Continuaremos com os nossos parceiros: (1) a ampliar as carreiras; (2) a dotar essas carreiras de veículos mais amigos do ambiente, mais modernos e mais confortáveis; (3) a trabalhar na penetração da mobilidade em todas as casas; (4) entrará em período experimental do primeiro autocarro não tripulado do país a fazer uma carreira em ambiente urbano - Nova School of Business and Economics / Estação de Carcavelos.
A questão do concurso público internacional é da maior importância. O modelo de Cascais, e isso será requisito obrigatório para todos os concorrentes, tem quatro pilares: a democratização do transporte público, a mobilidade ao serviço da qualidade de vida a melhoria da pegada ambiental da urbe, a competitividade do tecido económico e a promoção da coesão territorial.
Qualquer concorrente terá de ter estes 4 elementos em consideração. Até dezembro de 2019, o operador e o serviço terão de estar 100% funcionais no território de Cascais. O nosso objetivo é que Cascais seja um concelho com liberdade total. Isso só se consegue com mobilidade total.
Quais são as principais alterações previstas para a aplicação Mobi Cascais para Setembro e quais são os objectivos dessas alterações?
Sinalizaria duas mudanças:
Primeira: a progressiva gratuitidade do sistema. O Mobi Cascai já é grátis para jovens até aos 12 anos. A partir do ano lectivo que se inicia em setembro, alargaremos essa gratuitidade até aos 14 anos.
Para os maiores de 65, o Mobi Cascais também tem preços muito baixos, o que dá uma margem de liberdade muito importante aos mais idosos. Por 14,50 euros têm acesso a toda a mobilidade rodoviária no concelho.
Segundo: com o seu know-how em matéria de Mobilidade, Cascais está a trabalhar com outras autarquias da Área Metropolitana de Lisboa para que haja um passe único metropolitano a um preço muito competitivo.
Não faz sentido que os preços dos passes disparem entre Belém e Algés, apenas porque se cruzou a fronteira de um concelho para o outro. A integração da mobilidade interconcelhia, reflectindo os movimentos dos cidadãos, é uma prioridade.
O que é que faz de Cascais uma smart-city?
A cidade inteligente não é aquela se escraviza em função da tecnologia. Não é feita de relações entre chips e computadores. A cidade inteligente é a que coloca a tecnologia ao serviço das pessoas. Esse é o projecto de Cascais e que assenta sobretudo em três áreas: cidadania inteligente, mobilidade inteligente, ambiente e energia Inteligentes.
Dentro destas três áreas de actuação, temos dezenas de programas a correr que colocam Cascais na vanguarda da utilização da tecnologia na promoção de políticas públicas mais democráticas, mais solidárias e mais eficientes.
Como é que se caracteriza hoje a mobilidade em Cascais? E como é que, na prática, se traduz o conceito da mobilidade como um serviço?
Temos de reconhecer que a mobilidade é o principal desafio das grandes áreas metropolitanas. É-o em Portugal, notoriamente em Lisboa e Porto, mas também em muitos pontos do planeta. Como é que as decisões políticas podem conquistar tempo aos cidadãos e, ao mesmo tempo, promover meios de transporte mais eficientes, a sustentabilidade ambiental e a competitividade económica dos territórios? É o desafio que temos pela frente.
O Mobi Cascais é um sistema de mobilidade tão revolucionário que foi caso de estudo na CES - a maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas. Cidades como Los Angeles, ficaram muito interessadas em partilhar experiências connosco neste domínio.
Caracteriza-se, sobretudo, por ter reunido numa única plataforma toda a oferta de transporte no concelho: comboio, autocarro, parque de estacionamento, bicicletas e parceiros de car-sharing. A partir de um telemóvel ou computador, os cidadãos podem tratar da bilhética, passes, controlo de tempos de chegada e até reserva de estacionamento.
A revolução que estamos a operar nesta fase prende-se com a oferta da mobilidade como serviço. Isto é: o utilizador só paga a mobilidade que efectivamente consome. Como se fosse o "Netflix da mobilidade". Isto representará um enorme ganho para os utilizadores e uma tremenda injecção de competitividade nos programas de mobilidade.
Quais foram desde 2016 até agora os montantes de investimento na mobilidade em Cascais? Quais são os indicadores mais positivos e os mais negativos no novo sistema de mobilidade desde 2017?
O investimento global no Mobi Cascais ronda os 12 milhões de euros, a uma média de 4 milhões de euros/ano.
"A integração com a CP era uma reivindicação com 40 anos. Fez-se, mas a Linha de Cascais está numa espiral de degradação que se aproxima da irreversibilidade."
Positivo: à entrada do segundo trimestre de 2018, tínhamos 7000 utilizadores registados no MobiCascais, 46960 passageiros transportados no buscas e 700 assinaturas de bike sharing vendidas. Os últimos números de que dispomos mostram uma evolução muito favorável.
Negativo: a Linha de Cascais, para a qual fizemos convergir um número substancial de passageiros. A integração com a CP era uma reivindicação com 40 anos. Fez-se, mas a Linha de Cascais está numa espiral de degradação que este governo agravou e que, temo, se aproxime da irreversibilidade.
Quais são os principais projectos futuros? O que imaginam que possa acontecer à mobilidade de Cascais depois do concurso público de transportes públicos rodoviários em 2019?
Continuaremos com os nossos parceiros: (1) a ampliar as carreiras; (2) a dotar essas carreiras de veículos mais amigos do ambiente, mais modernos e mais confortáveis; (3) a trabalhar na penetração da mobilidade em todas as casas; (4) entrará em período experimental do primeiro autocarro não tripulado do país a fazer uma carreira em ambiente urbano - Nova School of Business and Economics / Estação de Carcavelos.
A questão do concurso público internacional é da maior importância. O modelo de Cascais, e isso será requisito obrigatório para todos os concorrentes, tem quatro pilares: a democratização do transporte público, a mobilidade ao serviço da qualidade de vida a melhoria da pegada ambiental da urbe, a competitividade do tecido económico e a promoção da coesão territorial.
Qualquer concorrente terá de ter estes 4 elementos em consideração. Até dezembro de 2019, o operador e o serviço terão de estar 100% funcionais no território de Cascais. O nosso objetivo é que Cascais seja um concelho com liberdade total. Isso só se consegue com mobilidade total.
Quais são as principais alterações previstas para a aplicação Mobi Cascais para Setembro e quais são os objectivos dessas alterações?
Sinalizaria duas mudanças:
Primeira: a progressiva gratuitidade do sistema. O Mobi Cascai já é grátis para jovens até aos 12 anos. A partir do ano lectivo que se inicia em setembro, alargaremos essa gratuitidade até aos 14 anos.
Para os maiores de 65, o Mobi Cascais também tem preços muito baixos, o que dá uma margem de liberdade muito importante aos mais idosos. Por 14,50 euros têm acesso a toda a mobilidade rodoviária no concelho.
Segundo: com o seu know-how em matéria de Mobilidade, Cascais está a trabalhar com outras autarquias da Área Metropolitana de Lisboa para que haja um passe único metropolitano a um preço muito competitivo.
Não faz sentido que os preços dos passes disparem entre Belém e Algés, apenas porque se cruzou a fronteira de um concelho para o outro. A integração da mobilidade interconcelhia, reflectindo os movimentos dos cidadãos, é uma prioridade.