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O Mobi Cascais faz da mobilidade um serviço

Como refere Rui Rei, presidente da Cascais Próxima, "os munícipes podem escolher o autocarro, o comboio, o estacionamento, a bicicleta, e horas de utilização de um automóvel eléctrico para a sua mobilidade".

Filipe S. Fernandes 30 de Julho de 2018 às 16:19
Rui Rei é o presidente da Cascais Próxima, que gere o Mobi Cascais. Inês Gomes Lourenço
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Em 2016 a Câmara Municipal de Cascais assumiu a responsabilidade da gestão de transportes. Em 2017 deu-se início à operação, nasceu a MobiCascais e fizeram-se os acordos com os operadores como a CP, a Scotturb, a Carris e o Metro. O Mobi Cascais assenta na ideia da mobilidade como serviço.

Como refere Rui Rei, presidente da Cascais Próxima, "os munícipes podem escolher o autocarro, o comboio, o estacionamento, a bicicleta, e horas de utilização de um automóvel eléctrico para a sua mobilidade diária".

Têm vários pacotes de mobilidade. Mas, como diz Rui Rei, "procuramos simplificar criando duas tarifas: 20 euros e 1 euro. O primeiro, 20 euros, que eram 27,10 euros antes da Mobi Cascais, e um euro, que anteriormente era no mínimo dois euros e, até, três euros".


76
Estações de bicicletas
Previstas 82

700
Bicicletas em operação
Previstas 1200


O objectivo é a mobilidade tendencialmente gratuita, democrática e acessível a todos. O pacote de mobilidade, que era sub-12 anos e passa a sub-14, é gratuito, e os mais-65 pagam 14,50 euros.

A bicicleta foi integrada nos nestes pacotes de mobilidade, mas como refere Rui Rei, "nessa altura, descobrimos um problema que se chama IVA. Os transportes pagam 6% mas, como se incluiu as bicicletas e o estacionamento, o IVA passou para 23%, por isso temos que a prazo resolver este problema, porque neste momento quem o suporta é a empresa e o município".

Bicas e Buscas

O Bicas é o sistema de gestão das bicicletas partilhadas e o Bike sharing permite parquear as bicicletas pessoais. "O Bike sharing e o Bike parking estão integrados na mesma aplicação, o que é inovador e foi desenvolvido pelo CEiiA em Portugal", refere Rui Rei.

Em termos de estacionamento foram criadas zonas fora das zonas de grande pressão "tantodo mar como do caminho-de-ferro, para captar carros e trazer os nossos cidadãos para as estações". Ao mesmo tempo, "no interface junto do caminho-de-ferro quem estacionava pagava, agora incluiu-se o estacionamento no pacote da mobilidade".

Os autocarros, chamados Buscas, iniciaram a sua actividade em 2016, já operam em nove carreiras. "Se temos reclamações dos munícipes por causa do pagamento de estacionamento, temos os munícipes satisfeitos com os autocarros", considera Rui Rei.

Autónomo na Nova SBE

O futuro vai ser feito com o apoio do novo centro de controlo de Cascais, aberto em fins de junho de 2018, que vai providenciar dados em tempo real de número de utilizadores, ocorrências, problemas nas vias, nos autocarros.

Terão a funcionar veículos eléctricos e dois veículos autónomos. O primeiro é um teste que vão fazer na Adroana, que é o parque de serviços municipais e o segundo que será feito na ligação entre a estação de Carcavelos e a Nova SBE, junto ao mar. "Este será o veículo, temos acordo com a Navia, e em Setembro será o primeiro veículo autónomo a circular em Portugal", sublinhou.

Em breve, vai ser possível "a desmaterialização do bilhete diário e do passe, o pagamento com cartão de crédito que começou em Londres, Madrid chega a Cascais. Após o concurso público que a Câmara vai fazer em 2019, vamos fazer a bilhética integrada em Cascais, alargada à área metropolitana de Lisboa e integrada na Otelis".


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