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"Enquanto o futuro das moedas criptográficas ainda é nebuloso, o futuro da banca é mais claro - está bem à vista na China. A WeChat, uma aplicação com mais de um bilião de utilizadores, permite não só enviar mensagens e usar serviços semelhantes aos do Facebook como fazer transações bancárias: gerir contas de poupança, obter crédito, fazer pagamentos, transferir e receber dinheiro. O sucesso desta aplicação é tal que hoje em dia é raro vermos alguém na China pagar com notas de renmimbi. Em todo o lado, desde as lojas mais luxuosas aos modestos vendedores de rua, os pagamentos são feitos através de códigos QR lidos com a WeChat", escrevia Sérgio Rebelo o ano passado num texto intitulado O Futuro da Banca, publicado no Jornal de Negócios em 17 de Outubro de 2019.
Mais à frente dizia que "o que é que vai ser a banca do futuro? Talvez uma boa forma de imaginar esse futuro seja estudar o que aconteceu na indústria musical. O streaming tornou mais eficiente a distribuição de música aumentando a quantidade de música ouvida, mas baixando as receitas dos músicos e das produtoras. Ao mesmo tempo a música ao vivo passou a ser mais rentável. Os concertos são um bem complementar à audição de música: quanto mais ouvimos um artista mais vontade temos de o ver ao vivo e mais estamos dispostos a pagar para assistir a um concerto.
O futuro da banca vai estar assente em plataformas que automatizam tarefas que vão desde a gestão de carteiras à atribuição de crédito. Essa automatização vai baixar o custo dos produtos financeiros tradicionais, aumentando a utilização destes produtos por consumidores e empresas. Esta maior utilização vai tornar mais valiosos os serviços complementares às transações financeiras: educação financeira, aconselhamento ao crédito, gestão de imobiliário, suporte ao desenvolvimento de planos de negócios, apoio à internacionalização das empresas, etc. Vai haver lugar para muitos George Baileys na banca do futuro".
Em maio de 2019 na segunda conferência ‘Portugal: From Here to Where?’, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, Sérgio Rebelo referiu na sua apresentação que a "saúde e a educação são setores que Portugal deve apostar para crescer, mas também a produção automatizada que começa a regressar aos países desenvolvidos". Na sua opinião "Educação e Saúde são setores onde Portugal pode ser uma estrela. Podemos fazer muitíssimo mais na saúde. Temos um setor de saúde de muita qualidade, mas precisamos de uma marca", disse. Em relação à produção mais automatizada considerou que não traria muito emprego, "mas vemos a produção a deslocalizar-se para os países desenvolvidos, porque estão mais perto do mercado e é mais fácil proteger os direitos de propriedade". Afirmava ainda que não se podia pensar que o turismo iria "continuar a crescer ao mesmo ritmo para sempre" e seria um erro ver nele a única solução para a economia portuguesa.
No final de março de 2020 publicou o paper, "As pandemias deprimem a economia, as intervenções de saúde pública não: evidências da gripe de 1918" em conjunto com Martin S. Eichenbaum, da Universidade Northwestern, e Mathias Trabandt, da Freie Universität Berlin. De certo defendia estratégia de confinamento, quando concluía que deixar os negócios abertos enquanto as taxas de infeção vão crescendo, numa tentativa de criar a chamada imunidade de grupo, teria custos maiores do que o seu encerramento.
Mais à frente dizia que "o que é que vai ser a banca do futuro? Talvez uma boa forma de imaginar esse futuro seja estudar o que aconteceu na indústria musical. O streaming tornou mais eficiente a distribuição de música aumentando a quantidade de música ouvida, mas baixando as receitas dos músicos e das produtoras. Ao mesmo tempo a música ao vivo passou a ser mais rentável. Os concertos são um bem complementar à audição de música: quanto mais ouvimos um artista mais vontade temos de o ver ao vivo e mais estamos dispostos a pagar para assistir a um concerto.
O futuro da banca vai estar assente em plataformas que automatizam tarefas que vão desde a gestão de carteiras à atribuição de crédito. Essa automatização vai baixar o custo dos produtos financeiros tradicionais, aumentando a utilização destes produtos por consumidores e empresas. Esta maior utilização vai tornar mais valiosos os serviços complementares às transações financeiras: educação financeira, aconselhamento ao crédito, gestão de imobiliário, suporte ao desenvolvimento de planos de negócios, apoio à internacionalização das empresas, etc. Vai haver lugar para muitos George Baileys na banca do futuro".
Em maio de 2019 na segunda conferência ‘Portugal: From Here to Where?’, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, Sérgio Rebelo referiu na sua apresentação que a "saúde e a educação são setores que Portugal deve apostar para crescer, mas também a produção automatizada que começa a regressar aos países desenvolvidos". Na sua opinião "Educação e Saúde são setores onde Portugal pode ser uma estrela. Podemos fazer muitíssimo mais na saúde. Temos um setor de saúde de muita qualidade, mas precisamos de uma marca", disse. Em relação à produção mais automatizada considerou que não traria muito emprego, "mas vemos a produção a deslocalizar-se para os países desenvolvidos, porque estão mais perto do mercado e é mais fácil proteger os direitos de propriedade". Afirmava ainda que não se podia pensar que o turismo iria "continuar a crescer ao mesmo ritmo para sempre" e seria um erro ver nele a única solução para a economia portuguesa.
No final de março de 2020 publicou o paper, "As pandemias deprimem a economia, as intervenções de saúde pública não: evidências da gripe de 1918" em conjunto com Martin S. Eichenbaum, da Universidade Northwestern, e Mathias Trabandt, da Freie Universität Berlin. De certo defendia estratégia de confinamento, quando concluía que deixar os negócios abertos enquanto as taxas de infeção vão crescendo, numa tentativa de criar a chamada imunidade de grupo, teria custos maiores do que o seu encerramento.
cv Sergio Rebelo é licenciado em Economia pela Católica Lisbon, onde ainda hoje lecciona, e nde começou como assuetnte em 1981. Tem um mestrado em Investigação Operacional pelo Instituto Superior Técnico, um Ph.D. em Economia pela University of Rochester.
Em 1988 ingressa como Assistant Professor of Finance na Northwestern University, passando a Associate Professor of Finance em 1991. Entre 1992 e 1997 é Associate Professor do Department of Economics da University of Rochester e, desde Julho de 1997, é Tokai Bank Distinguished Professor of International Finance, Kellogg School of Management, da Northwestern University.
Entre 2012 e 2019, foi membro do Advisory Council do Global Markets Institute da Goldman Sachs.
É trustee no Allstate Structured Settlement Trust. É administrador não executivo da Jerónimo Martins desde 10 de Abril de 2013, e atualmente preside à Comissão de Auditoria, sendo ainda membro do conselhos de supervisão da Warta - Retail & Services Investments e New World Investments, holdings do Grupo Jerónimo Martins.
Em 1988 ingressa como Assistant Professor of Finance na Northwestern University, passando a Associate Professor of Finance em 1991. Entre 1992 e 1997 é Associate Professor do Department of Economics da University of Rochester e, desde Julho de 1997, é Tokai Bank Distinguished Professor of International Finance, Kellogg School of Management, da Northwestern University.
Entre 2012 e 2019, foi membro do Advisory Council do Global Markets Institute da Goldman Sachs.
É trustee no Allstate Structured Settlement Trust. É administrador não executivo da Jerónimo Martins desde 10 de Abril de 2013, e atualmente preside à Comissão de Auditoria, sendo ainda membro do conselhos de supervisão da Warta - Retail & Services Investments e New World Investments, holdings do Grupo Jerónimo Martins.