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Projectos empreendedores com aposta no futuro

A Culturgest, em Lisboa, foi o palco escolhido para a entrega do Caixa Empreender Award, no valor de 100 mil euros que a Caixa Capital atribuiu à MagniFinance, por ter apresentado o projeto “mais promissor”, de entre um conjunto de sete start-ups finalistas.

04 de Fevereiro de 2015 às 09:00
João Cupertino
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A MagniFinance e cada um dos restantes seis finalistas - Lokkupp, doDoc, CorPower Ocean, nuRise, Nanoinspire e Biomimetx - já tinham recebido um apoio de 100 mil euros da Caixa Capital, a sociedade de capital de risco do grupo CGD. Para Jorge Rodrigues dos Santos, co-fundador da MagniFinance, este apoio extra permitirá alavancar o crescimento da empresa, constituída em junho de 2013.

 

A MagniFinance desenvolveu uma aplicação mobile que ajuda as empresas a reduzirem o tempo dedicado à gestão das suas tesourarias. A app sincroniza automaticamente os extratos de diferentes bancos, permitindo conciliar esses movimentos com as despesas e as receitas provenientes de faturas introduzidas na plataforma. A informação está assim sempre atualizada, agregada e fácil de analisar, em qualquer sítio e a qualquer hora, permitindo uma poupança de tempo na análise da tesouraria das empresas.

 

A MagniFinance tem como objetivo atingir os 2000 clientes em Portugal e depois expandir as suas operações para o Reino Unido, mercado "onde pensamos atingir uma quota de mercado de 3%", refere Rodrigues dos Santos.

 

Para o administrador da Caixa Capital, Stephan Morais, este prémio "não é um incentivo, mas sim o reconhecimento do trabalho das empresas e dos empresários portugueses, nomeadamente de uma geração muito qualificada e nova, que está a criar empresas de altíssima qualidade". O mesmo responsável relembrou que foram milhares as inscrições no Caixa Empreender Award, mas que apenas uma fração pequena de empresas foi aceite nos programas dos três aceleradores - o Lisbon Challenge (Beta-i), o Bulding Global Innovators e o ACT by COTEC -, que tiveram a responsabilidade pela seleção dos sete projetos finalistas.

 

Stephan Morais reforça ainda o facto de cada vez mais aparecerem start-ups em vários pontos do País, e não só em Lisboa ou no Porto: "É uma dinâmica totalmente diferente, que é real e composta por pessoas jovens, com uma ambição global e altamente qualificada e isso é muito positivo".

No decurso da manhã, as start-ups participantes nos vários aceleradores apoiados pela Caixa Geral de Depósitos participaram em pitchs setoriais, nos quais puderam interagir com investidores nacionais e internacionais.

 

A parte da tarde foi ocupada com as apresentações dos sete projetos finalistas e várias mesas-redondas. A que reuniu aceleradores e incubadoras ficou marcada por uma conclusão principal, isto é, Portugal está na moda e é hoje um dos países ideais para as start-ups se instalarem.

 

Já a mesa-redonda, moderada por Stephan Morais, contou com a presença de cinco investidores nacionais da Portugal Ventures, ES Ventures, Faber, Shilling e EBEAN. Mais tarde, foi a vez dos investidores internacionais pisarem o palco. Forbion, DN Capital, e.ventures, EIF e Vesalius Biocapital foram os convidados.

 

 

Para o presidente da Comissão Executiva da Caixa Capital, José Carrilho, este "é um projeto para continuar, estamos a investir nisto há alguns anos, e começam a surgir agora os primeiros resultados importantes".

 

O evento contou ainda com os testemunhos de responsáveis por casos de sucesso em iniciativas anteriores da Caixa Capital, como a Uniplaces, a Movvo e a ACS.

 

Nas palavras daquele responsável, "a Caixa Capital tem um envolvimento que anda entre os 45 e os 50 milhões de euros, porque temos dois fundos, um mais para apoiar aceleradores e o outro para apoiar empresas que já existem. Temos ainda o investimento indireto, ligado à participação em veículos geridos por parceiros e que é uma área que temos vindo a privilegiar. É importante que as empresas e os promotores que nos surgem com projetos sejam submetidos ao escrutínio de parceiros internacionais".

 

Em defesa do apoio aos empreendedores, José Carrilho concluiu que "o futuro do País tem muito a ver com aquilo que se fizer na inovação e no empreendedorismo. Há um novo modelo económico, que tem de se criar, e há uma nova dimensão nas empresas. A globalização alterou completamente a forma de funcionamento das economias e, portanto, para o nosso país criar emprego e riqueza deve apostar-se nestas áreas".

 

Acompanhe todo o percurso da MagniFinance numa entrevista a André Silva, um dos fundadores da 'startup' que venceu o Caixa Empreender Award.

 

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