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Probe.ly conquistou os 100 mil euros do Caixa Empreender Award

A sonda que promete vasculhar e corrigir problemas de segurança de aplicações informáticas acaba de garantir um investimento adicional de 100 mil euros pela Caixa Capital, o braço para o segmento de capital de risco do Grupo Caixa.

21 de Março de 2017 às 12:34
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Compromissos para o futuro ouviram-se tanto de Paulo Moita de Macedo, como do jovem CEO da Probe.ly, Nuno Loureiro. Quinta-feira, na 3.ª edição do Caixa Empreender Award, juntaram-se mais de 800 pessoas na Culturgest, em Lisboa, num evento que reuniu mais de 50 start-ups. Sete finalistas concorriam aquele investimento adicional de 100 mil euros, para o qual, a startup mais promissora já tem destino traçado.

"Queremos crescer, contratar uma equipa de vendas e de marketing e desenvolver a investigação", frisou Nuno Loureiro. O cheque agora recebido soma-se a outro, de 75 mil euros, atribuído pela Caixa Capital na última edição do Lisbon Challenge, o programa de aceleração de start-ups da Beta-i.

Criada em Abril do ano passado, a sonda – "probe", em inglês – é uma solução concebida por seis colegas com reconhecida experiência informática. Fica alojada na "cloud", daí poder ser acedida por qualquer programador, em qualquer parte do mundo, que queira testar e verificar eventuais falhas nas suas aplicações, por exemplo, nas que são destinadas aos smartphones.

"Concebemos um sistema de penetração que faz um rastreio contínuo do sistema", salienta Nuno Loureiro. A solução permite assim que um programador detecte de forma automática vulnerabilidades, falhas de segurança, obtendo conselhos para as corrigir.

A solução Probe.ly está ainda em fase de testes levados a cabo por algumas empresas. O próximo passo, confirma Nuno Loureiro, será o de entrar no mercado.

Estes 100 mil euros de incentivo foram conquistados em competição no Caixa Empreender Award com seis outras start-ups, nomeadamente a KIDE, uma plataforma online de comercialização de roupa infantil; a UpHill, um sistema que permite analisar o desempenho médico; a Faarm, uma solução de acompanhamento da produção e certificação da carne de bovinos; a Eat Tasty, uma aplicação de encomenda e entrega de refeições; a DART, um kit de diagnóstico mais rápido de salmonelas; e a NeuroPsyCAD, um processo de criação de relatórios para detecção de doenças neuropsiquiátricas.


Estímulo para as start-ups ficou também consagrado na intervenção inicial do secretário de Estado da Indústria, ao revelar ter na véspera entregue "os 120 primeiros vales de incubação".

A medida permite alojar projectos com menos de um ano de existência e faz parte do programa Startup Portugal, a estratégia do Governo de apoio ao empreendedorismo. Em breve, segundo adiantou João Vasconcelos, irão ser entregues 400 "vouchers", bolsas mensais para jovens empreendedores.

"No passado, perdemos muitos empreendedores por razões económicas", lembrou o pioneiro da Startup Lisboa, frisando que os "vouchers" vão permitir hoje evitar "o que acontecia a quem tinha ideias, mas acabava o curso e tinha de ir trabalhar".

Da parte do Governo, João Vasconcelos destacou os apoios em carteira. Mas reconheceu que "o ecossistema de start-ups existente no país se deve a esta geração de portugueses, a mais qualificada de sempre".

"Uma geração com mais autoconfiança", como a rotulou o comissário europeu Carlos Moedas, salientando que "Portugal é hoje mais diverso, com mais tolerância e iniciativa", situação para a qual "têm contribuído todos os esforços, não só dos governos, como dos bancos".

Pela parte do grupo Caixa, Paulo Moita de Macedo sustentou que as start-ups "criam os empregos do futuro e colocam Portugal no mapa da inovação".

As start-ups apoiadas pala Caixa Capital já captaram mais de 380 milhões de euros em investimento, empregaram mais de 1.900 pessoas e geraram receitas acima dos mil milhões de euros em 2016.


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