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“A nossa parceria com a Caixa Capital é muito importante”

Startup Braga quer ajudar a afirmar Portugal como destino para o empreendedorismo europeu e internacional.

06 de Novembro de 2015 às 13:01
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O presidente da Startup Braga, Carlos Oliveira, faz um balanço deste hub de inovação que apoia projetos de elevado potencial nos mercados internacionais. De Braga para Portugal e daí para o mundo, com a parceria-chave da Caixa Capital.

Que balanço fazem do vosso trabalho junto dos empreendedores e da economia nacional?

O balanço é muito positivo. A Startup Braga é uma iniciativa da InvestBraga que, desde a sua fundação em 2014, teve sempre como objetivo fundamental o desenvolvimento, a partir de Braga para Portugal e para o mundo, do ecossistema empreendedor português.

Nascemos de uma parceria forte, entre um conjunto de entidades de referência, em particular com a Microsoft Ventures que é, desde o início, o parceiro-âncora internacional.

Desde a sua fundação, a Startup Braga já apoiou e está a apoiar mais de 50 startups. Esse apoio é feito através de três tipos de programas: pré-aceleração, aceleração e incubação.

Neste momento, estamos a concluir o processo de seleção das startups que vão integrar o terceiro programa de aceleração. Estes programas de aceleração têm uma forte componente de ligação aos Estados Unidos, através da FLAD, Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, e com a Caixa Capital. Tem como prémios 100 mil euros, atribuídos pela Caixa Capital à melhor startup, e um roadshow aos Estados Unidos, com as startups selecionadas. Aliás, este roadshow, ao criar pontes com os Estados Unidos, é uma forte marca destes programas de aceleração.

As startups que se juntaram à Startup Braga já conseguiram investimentos que ascendem aos 5 milhões de euros o que, no contexto nacional, é uma marca interessante para uma entidade que tem apenas um ano e meio de existência e que, mesmo assim, é já uma referência no panorama nacional em termos de desenvolvimento do ecossistema empreendedor.

Este envolvimento com a Caixa Capital vem reforçar o vosso posicionamento? De que maneira?

É uma parceria muito importante. Por um lado, permite-nos ter um foco de atração interessante para as startups que se candidatam aos programas de aceleração – 100 mil euros de investimento para a melhor startup – e, por outro, permite-nos uma ligação aos players internacionais, potenciais investidores, com os quais a Caixa Capital tem parcerias. Trata-se de um ponto crítico para a nossa atividade.

Qual foi a reação e a mobilização  que conseguiram junto da comunidade a que se dirigem?

Nós dirigimo-nos a vários atores. Primeiro às startups que têm apresentado um elevado número de candidaturas. Também temos tido uma reação muito positiva da comunidade de mentores. Temos um conjunto de mentores, nacionais e internacionais, de alto calibre, sendo que nos focamos sempre numa lista reduzida. Mas, sabemos que nem todos podem ser mentores. Por isso mesmo, temos uma outra categoria, a do grupo de especialistas, pessoas com uma forte experiência num determinado vertical de apoio às startups. Também aí temos tido uma excelente resposta e o mesmo acontece com empresas de áreas como as telecomunicações, os seguros, a advocacia, a gestão, entre outras.

E claro com os investidores, os business angels, com os quais temos, desde o início, uma relação forte para que invistam nas startups que é, afinal, um dos objetivos principais.

Quais  as ações que destacaria da vossa agenda anual? E qual o perfil de cada uma delas?

Naturalmente os Demodays, que são momentos em que as comunidades, nacional e internacional, quer de empreendedores quer de investidores, se juntam, em Braga, para testemunhar a evolução das startups dos nossos programas de aceleração.

Outro momento alto está ligado aos roadshows internacionais, onde as startups são apresentadas aos mercados (destaco este ano o roadshow a Londres e, mais recentemente, aos Estados Unidos). Além disso, promovemos uma miríade de workshops e iniciativas para desenvolver o ecossistema empreendedor.

Como avalia o ciclo do País no que diz respeito a investimento?

No que diz respeito a startups, os bons projetos com bons empreendedores e com bom potencial de mercado não têm grande dificuldade em financiar-se em Portugal.

O grande desafio é continuar e acelerar os investimentos com capital de risco e entidades internacionais que, além do smart money, possam também trazer acesso aos mercados internacionais.

Portugal – e Lisboa em particular – afirma-se no epicentro internacional da rota empreendedora. Como é que a Startup Braga se situa no atual contexto?

Portugal tem tido um desenvolvimento muito positivo no ecossistema empreendedor. Lisboa, enquanto capital, tem sabido tirar partido dessa realidade. Mas essa realidade tem na verdade dimensão nacional, e aqui a Startup Braga é um ator relevante. O importante é afirmar Portugal como destino para o empreendedorismo europeu e internacional. Lisboa terá a suas vantagens, mas Braga apresenta também condições imparáveis.

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