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A agricultura conta com uma nova geração

Um dos efeitos que a crise financeira espoletou em Portugal foi o regresso aos campos. Hoje, a agricultura voltou a estar na moda e o setor “está a crescer a um ritmo que é o dobro do resto da economia”.

10 de Outubro de 2016 às 10:47
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Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural reconhece "problemas pontuais" no setor, mas sublinha o "bom momento" que se vive, explicando que as exportações continuam "com um ritmo impressionante" numa área em que todos os dias "se pula e avança, se investe e inova".

Um setor com mais inovação e mais jovens licenciados

Muita da inovação a que se assiste no setor fica a dever-se à instalação de mais jovens na atividade, "inclusive licenciados em áreas bem distintas da agricultura, em culturas também elas novidade," o que dinamiza a agricultura, refere Firmino Guerreiro, diretor-geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), em entrevista ao Agronegócios. O diretor-geral da AJAP relembra que a "agricultura portuguesa continua a ser das mais envelhecidas da Europa", mas elogia as alterações do Ministério que pretende continuar a apostar em políticas de incentivo aos jovens agricultores.

A viticultura continua a ser uma das áreas que mais se desenvolvem em Portugal, juntando-se às frutas, legumes e olivicultura. Estes setores são clássicos. Firmino Guerreiro explica ao portal Agronegócios que o jovem agricultor português tem "arrojo" e já está focado numa "maior diversidade de culturas e na procura de novas variedades nas mais tradicionais". 

 

Soluções diversificadas para o setor

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) acredita no desenvolvimento do setor e – com a solução Agrocaixa – os agricultores dispõem até 300 milhões de euros para financiamento e um prazo até dez anos, numa Linha de Crédito de Apoio às atividades do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas do Setor Agrícola e Florestal (IFAP). O IFAP, recorde-se, surgiu após a extinção do Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP) e do Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola (INGA).

Este apoio engloba ajudas diretas, antecipação de recebimento de incentivos, projetos vários de investimento enquadrados nos fundos comunitários FEAGA e FEADER, e garantias bancárias. 

 

Apoio à tesouraria: linhas de crédito de curto prazo

Tem como objectivo financiar as necessidades de exploração das unidades produtivas dos setores da agricultura, silvicultura e pecuária, nomeadamente pessoas individuais ou coletivas, proprietárias ou coproprietárias de empresas, cooperativas, empresários rendeiros, entre outros – nas condições de montantes e prazos previstas pelo IFAP.

 

No que diz respeito à antecipação de incentivos e financiamento das necessidades destas áreas de exploração, a Caixa viabiliza a criação de condições mais atrativas para a concretização de operações de crédito de curto prazo, permitindo assim o desenvolvimento e a melhoria da competitividade das empresas.

Portugal 2020 apoia agricultura

A CGD dispõe também de 15 milhões de euros para financiar operações de investimento aprovadas no âmbito do Portugal 2020 – o acordo de parceria com a Comissão Europeia para promover o desenvolvimento económico, social e territorial do país até 2020. Os beneficiários destes empréstimos de curto, médio e longo prazo são pessoas singulares, coletivas ou outras entidades equiparadas com projetos aprovados no âmbito do PDR 2020, VITIS e MAR2020. Ainda em exercício, está a Linha PME Crescimento que dedica 10% da sua dotação para empresas do setor primário.

 

A importância dos seguros

Setor marcado por uma alta exposição aos elementos e à sua volatilidade, a gestão dos seguros é decisiva na proteção dos nossos projetos agrícolas. Também aqui a Caixa responde de maneira transversal. Desde o Seguro Agrícola Incêndio, para agricultores e proprietários florestais, passando pelo Seguro de Colheitas que cobre o risco de fenómenos climáticos (como, por exemplo, incêndios; queda de raios; granizo), e o Seguro Pecuário, para proteção face à eventual morte dos animais, mas também furtos ou abate. Por fim, o Seguro Vitícola Colheitas foi criado para proteger a área de vinha, registada no Instituto da Vinha e do Vinho, de fenómenos de instabilidade climática.


Conheça mais detalhes em www.cgd.pt/Empresas/Ofertas-Setoriais/Setor-Primario



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