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Portugal paga juro em redor de 5,6% com procura a triplicar oferta de 3 mil milhões de euros

Emissão de dívida para 2024 apoiada em sindicato bancário está a avançar esta manhã, com o IGCP a fixar uma taxa a rondar os 5,6%, com um "spread" de 400 pontos base face à taxa de mercado do euro. O valor da emissão é de 3 mil milhões de euros e a procura superou três vezes a oferta.

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07 de Maio de 2013 às 08:40
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Portugal realizou esta manhã a primeira emissão de dívida a 10 anos desde que solicitou assistência financeira, em 2011, com a colocação de 3 mil milhões de euros numa operação em que a procura superou três vezes a oferta e foi classificada de "grande sucesso" por parte do ministro das Finanças.  

 

Fontes disseram à Bloomberg que o preço oferecido pelo IGCP foi definido em 400 pontos-base acima da taxa de mercado, cinco pontos abaixo do prémio inicialmente ponderado. Os “initial price thoughts” (indicações preliminares de preço) eram de 405 pontos-base acima das taxas de mercado (“midswaps”). 

 

As “midswaps” a 10 anos estão em 1,56% na Zona Euro (sensivelmente o custo de financiamento da Alemanha), devendo notar-se que a emissão tem maturidade em Fevereiro de 2014, quase 11 anos. Ou seja, para já o IGCP propõe-se pagar uma taxa implícita a rondar os 5,6%.

 

A emissão tem uma dimensão de 3 mil milhões de euros, o que supera assim os 2,5 mil milhões de euros a cinco anos emitidos em Janeiro.

 

O ministro das Finanças afirmou que a operação foi um grande sucesso, revelando os valores da procura, que "excedeu a oferta em mais do que três vezes, o que quer dizer que tivemos mais de 9 mil milhões de euros de procura pelos nossos títulos a 10 anos". Citado pela Lusa, Vítor Gaspar afirmou que "os livros estão praticamente fechados e existe um excesso bastante considerável da procura sobre a oferta".

 

A elevada procura entre os investidores já era esperada, a julgar pelo dito ontem ao Negócios por fontes de mercado e analistas do mercado de dívida. Um gestor de fundos de Londres disse que "a operação vai voar e poderá estar preenchida antes da hora de almoço, com elevada procura".

  

A emissão de Portugal "é importante pois marca mais um passo na saída da crise", disse Luca Cazzulani, analista do Unicredit.

 

CaixaBI, Citigroup, Crédit Agricole, Goldman, HSBC e Société Générale compõem o sindicato bancário que está a gerir a operação, confirmou segunda-feira o Ministério das Finanças.

 

A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e o presidente do IGCP, João Moreira Rato, darão às 18h30 uma conferência de imprensa para apresentação dos resultados da emissão, anunciou o Ministério das Finanças. 

 

(notícia actualizada às 12h34 com mais informação)

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