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Pela primeira vez desde julho de 2022, BCE mantém taxas de juro na Zona Euro inalteradas
A decisão de não mexer nas três taxas de referência - que era esperada pelo mercado - foi anunciada esta quinta-feira após o conselho de governadores, que é liderado por Christine Lagarde.
"O Conselho do BCE decidiu hoje manter as três taxas de juro diretoras inalteradas. A informação que tem vindo a ser disponibilizada confirmou amplamente a anterior avaliação das perspetivas de inflação a médio prazo", explica o comunicado que se seguiu ao encontro. A taxa de depósitos fica assim no máximo de sempre de 4%, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.
"Os anteriores aumentos das taxas de juro decididos pelo Conselho do BCE continuam a ser transmitidos de forma vigorosa às condições de financiamento. Tal está cada vez mais a atenuar a procura, ajudando, desse modo, a reduzir a inflação", refere a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde. Alerta, contudo, que "ainda se espera que a inflação permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo, e as pressões internas sobre os preços permanecem fortes".
Além de subir juros, o BCE tem também ajustado os programas de compra de dívida para retirar liquidez da economia, o que irá igualmente continuar. "O Conselho do BCE está preparado para ajustar todos os instrumentos ao seu dispor, no âmbito do seu mandato, com vista a assegurar que a inflação regressa ao seu objetivo de 2% no médio prazo e a preservar o bom funcionamento da transmissão da política monetária", acrescenta.
Os encontros do conselho - onde Portugal é representado pelo governador do Banco de Portugal, Mário Centeno - acontecem habitualmente em Frankfurt, na Alemanha, mas ocasionalmente são marcados noutros locais. Desta vez os decisores estão em Atenas, onde Lagarde encontra, pela primeira vez em 13 anos, um país com dívida em grau de investimento de qualidade.
(Notícia atualizada às 13:20)