Questionada sobre a possibilidade de ainda haver uma emissão de obrigações do Tesouro até ao final do ano, a ministra das Finanças sublinhou que “é algo que teremos de ir acompanhando com cuidado”. Para este ano, “não afastaria de todo essa possibilidade” e “o IGCP acompanhará os mercados de perto e aproveitará as oportunidades”, afirmou Maria Luís Albuquerque.

Mas, no próximo ano, “certamente” haverá emissões de longo prazo, até porque é “o nosso objectivo e uma condição para a conclusão do processo” de ajustamento que haja emissões de dívida de médio e longo prazo e também que seja retomado o programa de leilões que está suspenso, sublinhou a ministra de Estado e das Finanças.

Maria Luís Albuquerque adiantou ainda que poderão ser realizadas algumas operações de troca de dívida e que, no próximo ano será retomada “a actividade normal de financiamento de qualquer país”.

“Poderemos beneficiar de condições muito interessantes para regressar ao mercado”, realçou a ministra das Finanças.

“A questão da capacidade de emitir é função da confiança que o emitente for capaz de gerar nos mercados”, afirmou Maria Luís Albuquerque que acrescentou ainda esperar que o anúncio da nota positiva nas oitava e nona avaliações deverá reduzir “substancialmente” a incerteza, o que “terá já um impacto positivo”. Contudo, “mantém-se ainda alguma incerteza”, considera a ministra das Finanças.

Questionada sobre a sustentabilidade da dívida, Maria Luís Albuquerque afirmou que a “dívida bruta é claramente sustentável, o que é afirmado não só por nós como por todas as instituições que constituem a troika”. “A nossa dívida é claramente sustentável como acreditam os nossos credores”, frisou a ministra das Finanças.