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Juros caem para metade em leilão de dívida de curto prazo

O Estado obteve 1.250 milhões de euros, o máximo previsto, num leilão duplo de bilhetes do Tesouro. A procura subiu e os custos implícitos caíram para cerca de metade. Títulos a 12 meses emitidos à taxa mais baixa desde 2009, que foi inferior a 1%.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Janeiro de 2014 às 10:54
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O Estado obteve 1.250 milhões de euros, o máximo previsto, num leilão duplo de bilhetes do Tesouro. A procura subiu e os custos implícitos caíram para cerca de metade. Títulos a 12 meses emitidos à taxa mais baixa desde 2009.

 

O Tesouro português financiou-se em 1.010 milhões de euros na emissão de bilhetes do Tesouro a 12 meses, que foram colocados a um preço que lhes confere uma rendibilidade implícita de 0,869%, a "yield" mais baixa desde 2009.

 

Em Novembro, num leilão semelhante, o custo implícito foi de 1,493%.

 

A queda da taxa implícita foi ainda mais acentuada no prazo mais curto, a três meses. A "yield" desceu para 0,495%, contra os 1,076% em Novembro. Foram emitidos 240 milhões nesse prazo mais curto.

 

Em ambos os casos, subiu o rácio entre a procura total e o montante colocado. A cobertura do leilão a 12 meses foi 2,26 vezes superior à oferta (duas vezes em Novembro) e os títulos a três meses tiveram um "bid-to-cover" de 4,71 vezes, contra as três vezes no leilão anterior.

 

"Seria difícil esperar melhor"


"Tivemos uma descida muito significativa nas taxas, tanto nos 3 meses, como nos 12 meses", afirma Filipe Silva, director de gestão de activos do Banco Carregosa, em nota de análise ao resultado. 

 

"Sinceramente, nem eu esperava taxas tão baixas, mas a verdade é que a perceção de risco que os investidores têm sobre a dívida portuguesa está a descer bastante", reconhece o especialista.

 

"Os leilões correram bem e era difícil esperar melhor", afirmou Filipe Silva, destacando ainda que "a procura foi também muito forte”.

 

Tiago da Costa Cardoso, gestor da XTB Portugal, considera que "mais uma vez, a emissão foi um sucesso". O especialista salienta que "ontem a Grécia também emitiu dívida de curto prazo, com taxas bastante inferiores ao que tinha, revelando assim que a recuperação da crise de dívida é cada vez mais real e transversal a todos os estados-membros".

 

(actualizada às 12:03 com comentários de outro analista)

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