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Juros da dívida registam queda ligeira em todos os prazos (correcção)

As obrigações portuguesas estão a valorizar em todas as maturidades, o que leva a uma descida das taxas implícitas ao contrário do que o Negócios anunciou anteriormente. A subida que chegava quase aos 60 pontos base, na emissão a dois anos, não é real já que é explicada pela mudança da linha referência. O mesmo ocorre na generalidade das taxas.

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16 de Janeiro de 2014 às 11:08
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As taxas de juro implícitas na dívida pública portuguesa estão a descer em todos os prazos,ao contrário do que foi anteriormente noticiado pelo Negócios. As taxas genéricas da Bloomberg registaram um salto, esta manhã, que não reflecte a real subida dos juros mas sim a alteração das linhas que servem referência para os diferentes prazos.

 

A descida dos juros está implícita na subida dos preços indicativos da Bloomberg para as obrigações nacionais e também nos cálculos divulgados pela Agência da Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

 

Descontando o efeito da mudança, as taxas de juro de mercado caíram nas diversas referências para as várias maturidades. No prazo de dois anos a descida é de três pontos base, ao passo que, na de cinco anos, é de 12 pontos base. A taxa implícita a 10 anos recuou 11 pontos base, diz o IGCP.

 

Os juros da dívida a dois anos estão nos 2,433% e a da linha a cinco anos está nos 4,302%. No prazo de 10 anos, os investidores exigem uma remuneração de 5,390% para deter obrigações soberanas.

 

Desta forma, mantém-se a tendência de descida dos juros. Nas últimas duas semanas, a emissão com maturidade em Outubro de 2015, que servia de referência para a taxa genérica da Bloomberg a dois anos, recuou 140,7 pontos na série de 10 sessões consecutivas em baixa que terminou na quarta-feira.

 

As taxas genéricas da Bloomberg indicam um salto das taxas implícitas na generalidade dos prazos da dívida pública portuguesa. Contudo, a informação contrasta com a subida dos preços das obrigações portuguesas já que, na dívida, a subida do preço dos títulos corresponde a uma descida das taxas de juro implícitas no mercado secundário.

 

O Negócios noticiou, anteriormente, uma subida dos juros que chegava quase aos 60 pontos base no prazo de dois. Contudo, a subida não é real já que resulta da alteração das linhas que servem de referência para os diferentes prazos.

 

É isso mesmo que o IGCP explica numa nota de imprensa emitida esta tarde. “Este processo consiste em fazer corresponder a cada um dos prazos de referência (‘benchmark’) uma obrigação do Tesouro que deverá ser em cada momento o título com maturidade residual mais próxima do respetivo ‘benchmark’”, lê-se no comunicado.  “Esta alteração deve ser realizada periodicamente de forma a evitar desvios significativos da maturidade de cada linha de obrigações com o prazo para o qual serve de referência.”

 

(Notícia corrigida às 13h00 com os dados do IGCP)

 

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