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Juros dos depósitos sobem para 1,69% em julho, o valor mais alto desde julho de 2014

Dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal mostram que o reforço da remuneração da poupança voltou a subir pelo sétimo mês consecutivo.

Fecho de agências e digitalização têm cortado no pessoal de caixa e na gestão intermédia da banca.
Sérgio Lemos
01 de Setembro de 2023 às 11:09
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A banca está a reforçar a remuneração das poupanças das famílias há sete meses consecutivos. A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou para 1,69% em julho - o valor mais alto desde julho de 2014 -, o que representa uma subida de 0,11 pontos percentuais face aos 1,58% registados em junho, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

A desagregação por prazo mostra que, em julho, os novos depósitos com prazo até um ano, que representaram 89% dos novos depósitos a prazo, foram remunerados em média a 1,66% (1,58% em junho). Os novos depósitos de um a dois anos registaram uma remuneração média de 1,91% (1,49% em junho), enquanto os novos depósitos com prazo acima de dois anos apresentaram a remuneração média mais elevada, de 1,98% (1,76% em junho).

A tendência altista verifica-se desde setembro do ano passado (com alguns meses de estabilização), mas tem vindo a acelerar com a fuga dos depósitos para certificados de aforro e amortizações do crédito à habitação. Apesar do novo aumento em julho, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 7.611 milhões de euros, menos 107 milhões do que no mês anterior.

No caso das empresas, a remuneração média dos novos depósitos a prazo fixou-se em 2,96% em julho, o que corresponde a um aumento de 0,23 pontos percentuais relativamente ao mês anterior. As novas operações de depósitos totalizaram 7.754 milhões de euros, mais 243 milhões do que em junho, 99,5% dos quais foram aplicados em depósitos a prazo até um ano.


Menos crédito para famílias e empresas
No que diz respeito ao crédito, o Banco de Portugal revela que, em julho, as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.184 milhões de euros, menos 114 milhões do que em junho. Verificaram-se quedas nas finalidades de habitação, consumo e outros fins de 75, 9 e 30 milhões de euros, respetivamente.

A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação aumentou ligeiramente, de 4,23% em junho para 4,24% em julho, sendo que as famílias estão a reforçar a procura por taxa mista e fixa, que representam já quase metade dos novos contratos. Registaram-se também aumentos nas taxas de juro médias dos novos empréstimos para consumo (de 8,6% para 8,85%) e para outros fins (de 5,3% para 5,42%).

Do lado das empresas, o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos foi de 2.009 milhões de euros em julho, menos 143 milhões do que no mês anterior. A taxa de juro média dos novos empréstimos às empresas aumentou de 5,5% em junho para 5,72% em julho. "Esta subida verificou-se quer nos empréstimos até 1 milhão de euros (de 5,70% para 5,84%), quer nos empréstimos acima de 1 milhão de euros (de 5,31% para 5,60%)", acrescenta o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11:30)
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