Desde o início de 2024 que a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo às famílias tem descido e situou-se em 2,28% em novembro, uma queda face aos 2,39% registados no mês anterior. O montante de novas operações também se reduziu 1.543 milhões, totalizando 11.612 milhões em novembro.

Em outubro o montante de novas operações tinha sido o mais elevado da série histórica, cujo início data de janeiro de 2003.

"A taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro reduziu-se 0,12 pp, para 2,61%" e Portugal paga o sexto juro mais baixo nos depósitos, estando, ainda assim, acima da vizinha Espanha, detalha o supervisor.

A remuneração média mais elevada registou-se nos novos depósitos com prazo até um ano - 97% do total de novos depósitos em novembro -, em que o juro foi de 2,3%. Já nos depósitos a prazo de um a dois anos, a taxa foi de 1,74%, ao passo que os novos depósitos a mais de dois anos caíram para 1,54%.

Enquanto a taxa de juro dos depósitos até um ano tem vindo a registar consecutivas quedas desde dezembro do ano passado, as taxas neste produto com maturidades mais longas, superiores a um ano, registaram em novembro uma descida pelo terceiro mês consecutivo. Esta é uma movimentação que acontece num contexto de alívio das Euribor devido às perspetivas relativamente aos níveis das taxas de juro definidas pelo Banco Central Europeu.

Nas empresas, a taxa de juro dos novos depósitos a prazo de desceu para 2,7% em novembro, face a 2,75% em outubro. As novas operações totalizaram 6.801 milhões de euros, o que representa uma descida significativa de 398 milhões face a setembro.

À semelhança dos particulares, também os depósitos a prazo até um ano foram os privilegiados e representaram 99% dos novos depósitos, com uma taxa de juro média de 2,7%, o que compara com 2,9% na Zona Euro.