Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fitch: “Orçamento para 2015 é ligeiramente optimista”

Após as críticas do FMI, Comissão Europeia e OCDE, agora é a vez da Fitch. A agência de notação financeira não acredita que Portugal alcance os objectivos traçados no Orçamento do Estado para 2015, apontando para o ainda elevado endividamento como o problema.

03 de Fevereiro de 2015 às 13:53
  • 7
  • ...

O Governo traçou como objectivo alcançar um défice de 2,7% em 2015, bem como um crescimento da economia na ordem dos 1,5%. Projecções incluídas no Orçamento do Estado para este ano que, diz a Fitch, são "ligeiramente optimistas". Críticas já apontadas anteriormente pela agência de notação financeira e que juntam-se às de outras instituições internacionais.

 

"O Orçamento do Estado para 2015 é ligeiramente optimista", afirmou Michele Napolitano, esta terça-feira, 3 de Fevereiro, no "Lisbon Credit Seminar", organizado pela agência de notação financeira Fitch Ratings. Por isso, o director de "ratings" soberanos e supranacionais e responsável pela análise a Portugal salientou que está de acordo com a visão do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e OCDE.

 

Logo após ser conhecido o OE 2015, várias instituições apresentaram as suas projecções, que ficam aquém dos objectivos traçados pelo Governo de Passos Coelho. Enquanto a Comissão Europeia e a OCDE apontam para um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1,3% este ano, o FMI é ainda mais pessimista, definindo que a meta alcançada será 1,2%. Do seu lado, o Governo tem apenas o Banco de Portugal, que acredita num crescimento de 1,5%.

 

No dia 21 de Outubro, a Fitch emitiu uma nota de análise às estimativas para Portugal, depois do Governo ter revelado as suas, aquando da apresentação do Orçamento do Estado para 2015. E já nessa altura a agência considerou que a previsão de crescimento do Governo para 2014 era "optimista".

 

Para Michele Napolitano, "apesar de vários sinais positivos, a principal preocupação em relação a Portugal é o facto de continuar a ser um país altamente endividado". Para o responsável da Fitch, "teremos de ver os balanços da conta corrente a continuarem a crescer", de modo a alcançar uma redução da dívida pública.

 

E o especialista diz mesmo que, actualmente, a Fitch prevê que "o balanço da conta corrente continue com excedentes sustentados". "Ainda assim, temos uma previsão de que a dívida será de 118% do PIB em 2022", atira.

 

A Fitch publicou uma nota de rating para Portugal a 10 de Outubro, tendo mantido a notação de "BB+", o que corresponde a um patamar considerado de "lixo", reiterando também a perspectiva ("outlook") que já estava positiva. Na altura, a expectativa era que esta agência elevasse o rating e retirasse Portugal de lixo, o que acabou por não acontecer.

Ver comentários
Saber mais Governo Orçamento do Estado Fitch Michele Napolitano Fitch Ratings Fundo Monetário Internacional Comissão Europeia OCDE Banco de Portugal economia negócios e finanças macroeconomia mercado de dívida
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio