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Famílias põem mais de 263 milhões de euros nos certificados de aforro em novembro

Após a entrada em vigor de novas regras sobre estes produtos de poupança do Estado, os aforradores têm vindo, nos últimos dois meses, a reforçar a aposta. Em sentido contrário, os certificados do Tesouro continuam a perder dinheiro.

Mariline Alves
20 de Dezembro de 2024 às 11:13
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O investimento das famílias em certificados de aforro renovou máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do Banco de Portugal. Em novembro entraram 263,6 milhões de euros, o que representa a maior entrada mensal de poupanças desde junho de 2023 e que levou o "stock" total aos 34.391,49 milhões de euros.

O reforço do apetite dos aforradores replica uma tendência que se tinha verificado já no mês anterior, com a entrada em vigor de novas regras destes produtos. Apesar de não ter sido apresentada qualquer mudança sobre os juros ou prémio de permanência pagos aos investidores (o tecto máximo do juro continua nos 2,5%), a principal alteração foi nos limites máximos que podem ser alocados aos certificados de aforro.

A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho do ano passado, tinha até ao outubro um limite máximo de 50 mil euros por aforrador. Este valor foi alterado e passou para o dobro: 100 mil euros. Além disso, no acumulado dos certificados da série E e da F, não poderia ficar com mais de 250 mil euros nestes produtos. Neste caso, o limite conjunto sobe para 350 mil euros.

A subida dos certificados de aforro em novembro mais compensou a descida dos certificados do Tesouro, que recuaram 138,75 milhões no mês passado, levando o "stock" total para 9.871,99 milhões de euros. No conjunto dos dois produtos de poupança do Estado, o saldo está em de 44.263,48 milhões de euros, após um crescimento de 124,85 milhões de euros em novembro.

O aumento do capital alocado a este produto de poupança do Estado nos últimos dois meses leva a que a meta do Governo para o total do ano seja mais fácil de cumprirNo Orçamento do Estado (OE) para 2025, o Executivo inscreveu um objetivo de saldo entre subscrições e resgates de 53 mil milhões de euros no final deste ano.

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