Espanha emitiu esta quinta-feira 3,53 mil milhões de euros em obrigações a cinco e a 10 anos, um pouco mais do que o montante previsto. Esse facto não impediu, contudo, que os títulos tenham sido emitidos a taxas implícitas ligeiramente inferiores do que as anteriores emissões.

A "yield" a 10 anos baixou para 2,968%, contra os 3,059% "pagos" em 24 de Abril. Já no prazo a cinco anos, os títulos foram vendidos a um preço que pressupõe uma rentabilidade de 1,648%. A 24 de Abril, Espanha emitiu dívida a cinco anos a uma taxa de 1,663%.

Foram emitidos 1,99 mil milhões de euros em dívida a 10 anos e 1,54 mil milhões em títulos a cinco anos.

A procura na linha a 10 anos superou o montante colocado em 1,69 vezes, o rácio de cobertura mais baixo desde Fevereiro de 2013 numa emissão a 10

anos mas que os analistas consideram ter sido, ainda assim, uma procura "sólida".

Para Annalisa Piazza, estratega do Newedge Strategy, a "boa procura" explica-se pela perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) avance em breve com novas medidas de estímulo à liquidez. Os analistas antecipam uma redução da taxa de juro de referência na reunião de política monetária de Junho e admitem que, nos próximos meses, o BCE possa avançar com um programa de expansão monetária e compra de activos.

"Espanha continua a ser [um dos emitentes soberanos] com melhor desempenho em termos de situação fundamental e reformas estruturais, em comparação com outros países da periferia da Zona Euro", acrescenta Annalisa Piazza.