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Banco de Inglaterra revê regras para promover crédito às empresas

Os bancos vão progressivamente deixar de poder recorrer ao fundo especial da autoridade monetária para financiar empréstimos imobiliários.

28 de Novembro de 2013 às 12:02
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O Banco de Inglaterra anunciou nesta quinta-feira que vai alterar as regras de acesso ao fundo especial de concessão de liquidez de modo a incentivar os bancos a conceder mais crédito às empresas e menos às famílias para compra de habitação.

 

Criado em Julho de 2012 com base em garantias de Estado, o FLS (“Funding for Lending, a Scheme”) é um fundo que permite a instituições financeiras (entre as quais sociedades de crédito hipotecário, “building societies”) obterem do banco central empréstimos até quatro anos a taxas de juro mais baixas, que devem depois fazer reflectir no custo (também mais baixo) que cobram pelos empréstimos concedidos a empresas e famílias.

 

“O FLS vai continuar a permitir aos bancos que tenham acesso a fundos até Janeiro de 2015, mas o volume dos créditos concedidos às famílias ao longo de 2014 não gerarão novas permissões de empréstimo”, refere o Banco de Inglaterra em comunicado.

 

O objectivo inicial era reforçar a liquidez na economia até 70 mil milhões de libras (quase 84 mil milhões de euros, à cotação actual), de modo a combater a recessão. O Fundo deveria vigorar até ao fim de Janeiro de 2015, mas o Governo prorrogou-o por mais um ano. A relativa estabilização do mercado imobiliário foi um dos argumentos apresentados pelo governador Mark Carney para explicar a concentração dos empréstimos baratos noutras áreas da economia real.

 

O anúncio do Banco de Inglaterra surge numa altura em que especula sobre a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) lançar uma nova linha de financiamento de mais longo prazo à banca, mas desta vez com condições específicas. Os bancos terão de garantir que esses empréstimos serão usados por empresas, em vez de financiarem Estados (dívida pública).
 
Reuters e Bloomberg adiantaram nesta quarta-feira que estes empréstimos de longo prazo, conhecidos como LTRO, poderão ter desta feita ser de nove a 12 meses. O BCE lançou duas operações de muito longo prazo (três anos) uma no final de 2011 e outra no início de 2012, num montante total superior a um bilião de euros com uma taxa de juro de referência de 1%.

 

 

 

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