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Banco de Inglaterra revê regras para promover crédito às empresas
Os bancos vão progressivamente deixar de poder recorrer ao fundo especial da autoridade monetária para financiar empréstimos imobiliários.
O Banco de Inglaterra anunciou nesta quinta-feira que vai alterar as regras de acesso ao fundo especial de concessão de liquidez de modo a incentivar os bancos a conceder mais crédito às empresas e menos às famílias para compra de habitação.
Criado em Julho de 2012 com base em garantias de Estado, o FLS (“Funding for Lending, a Scheme”) é um fundo que permite a instituições financeiras (entre as quais sociedades de crédito hipotecário, “building societies”) obterem do banco central empréstimos até quatro anos a taxas de juro mais baixas, que devem depois fazer reflectir no custo (também mais baixo) que cobram pelos empréstimos concedidos a empresas e famílias.
“O FLS vai continuar a permitir aos bancos que tenham acesso a fundos até Janeiro de 2015, mas o volume dos créditos concedidos às famílias ao longo de 2014 não gerarão novas permissões de empréstimo”, refere o Banco de Inglaterra em comunicado.
O objectivo inicial era reforçar a liquidez na economia até 70 mil milhões de libras (quase 84 mil milhões de euros, à cotação actual), de modo a combater a recessão. O Fundo deveria vigorar até ao fim de Janeiro de 2015, mas o Governo prorrogou-o por mais um ano. A relativa estabilização do mercado imobiliário foi um dos argumentos apresentados pelo governador Mark Carney para explicar a concentração dos empréstimos baratos noutras áreas da economia real.