A Alemanha realizou esta quarta-feira uma emissão de dívida a dez anos e não colocou o montante máximo a que se tinha proposto – cinco mil milhões de euros. Assim, o tesouro germânico, colocou 3.796 milhões de euros, com uma taxa de juro de 1,75%, de acordo com os dados disponibilizados pela Bloomberg.

Nesta operação, a procura foi mais baixa do que na última emissão comparável, tendo sido 1,14 vezes a oferta. Na última emissão de dívida a dez anos, a procura superou a oferta em 1,81 vezes.

Este resultado tem lugar numa altura em que os países da periferia da Zona Euro estão a regressar ao mercado de emissão de dívida, pagando juros mais elevados do que a Alemanha, pelo que se tornam mais atractivas estas emissões. O mercado começa assim a dar sinais de normalização. E prova disso é que as taxas de juro pagas pelos periféricos, apesar de mais elevadas do que as da Alemanha, têm vindo a descer. No leilão de bilhetes do Tesouro, realizado esta manhã pelo Tesouro português foram colocados 250 milhões de euros em dívida a três meses e mil milhões em bilhetes do Tesouro a doze meses.

No total, o IGCP obteve 1.250 milhões de euros, face aos 1.000 milhões a 1.250 milhões de euros que correspondiam ao montante indicativo, comum às duas linhas leiloadas. A operação saiu com um custo inferior ao do último leilão comparável. Hoje, o Tesouro suportou uma taxa implícita de 0,462% para se financiar em 250 milhões a três meses e de 0,75% para emitir mil  milhões de euros em dívida a 12 meses.

Já no último dia 11 de Fevereiro, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) colocou três mil milhões de euros em dívida pública nos mercados, um montante que ficou no topo das previsões dos analistas mas "não é surpreendente tendo em conta as condições favoráveis no mercado para a dívida dos países periféricos", diz o Newedge Strategy. A procura final atingiu 9,5 mil milhões de euros, superando assim mais de três vezes a oferta.

Ontem, dia 18, o Tesouro espanhol emitiu 4.520 milhões de euros a três e a seis meses. Os juros – de 0,382% e 0,618%, respectivamente – foram os mais baixos da era do euro.