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Trump quer corte dos juros para zero para refinanciar dívida e diz que Powell e a Fed são “idiotas”

O presidente dos Estados Unidos escreveu no Twitter que os juros da Fed deveriam ser cortados para "zero ou menos" para o país refinanciar a sua dívida.

Reuters
11 de Setembro de 2019 às 13:48
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A uma semana do início da reunião de setembro da Reserva Federal dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou à carga, no Twitter, atacando a política de juros que tem sido seguida pelo banco central norte-americano.

Mas, desta vez, os ataques do líder da Casa Branca subiram de tom, com a Reserva Federal e o seu presidente Jerome Powell a serem chamados de "idiotas" por impedirem os Estados Unidos de pagarem juros mais baixos. Para Trump, a taxa diretora deveria baixar para zero ou menos para que os Estados Unidos pudessem renegociar a sua dívida.

Se a descida dos juros tem sido um apelo habitual de Trump, a renegociação da dívida é uma sugestão (quase) inédita do presidente dos Estados Unidos, depois de já ter avançado a possibilidade de uma medida deste tipo na campanha para as presidenciais de 2016.

"A Reserva Federal deve baixar os nossos juros para ZERO, ou menos, e devemos começar a refinanciar a nossa dívida. Os juros podem ser muito reduzidos, ao mesmo tempo que prolongamos substancialmente o prazo", escreveu Trump no Twitter.

Sublinhando que os Estados Unidos têm uma "grande moeda"e "poder", Trump acrescenta que deveriam sempre pagar "os juros mais baixos".

"Só a ingenuidade de Jay Powell e da Reserva Federal é que não nos permite fazer o que outros países já estão a fazer. Uma oportunidade única na vida que estamos a perder por causa de idiotas", referiu ainda na rede social.

Descer os juros para zero ou menos baixaria os custos da dívida mas também tornaria os Estados Unidos um local menos atrativo para o fluxo de capital, já que a rentabilidade, para os investidores, ficaria limitada.

Isto numa altura em que a maior economia do mundo já está a sentir os efeitos da guerra comercial com a China, com o crescimento a abrandar de 3,2% no primeiro trimestre para 2% no segundo trimestre, bem abaixo dos 3% ao ano almejados pelo presidente Trump.

Perante os sinais de desaceleração, não só nos Estados Unidos como a nível global, a Fed decidiu cortar os juros na reunião de julho pela primeira vez em mais de dez anos, e espera-se que anuncie uma nova descida já na próxima semana.

Os analistas apontam para mais um corte de 25 pontos base – que colocará a taxa entre 1,75% e 2% - a que se deverá seguir mais um até ao final do ano e outro no início de 2020.

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