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"Spread" entre Portugal e Grécia em mínimos de 19 meses

Após o acordo entre o Governo de Atenas e Bruxelas, os juros da dívida grega recuram. Mas a percepção de risco face a Portugal mantém-se e, por isso, o diferencial entre os dois países está agora em mínimos.

06 de Junho de 2016 às 11:12
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Os juros da dívida portuguesa estão a negociar novamente em alta esta segunda-feira, 6 de Junho. A quarta sessão consecutiva, numa altura em que as "yields" gregas continuam a beneficiar do acordo que o Governo de Alexis Tsipras alcançou com Bruxelas. Sentidos opostos que levam a que o prémio de risco da Grécia face a Portugal esteja em mínimos de 19 meses.

A taxa de juro das obrigações portuguesas a dois anos está a subir 2,1 pontos base para 0,493%, ao passo que a taxa a cinco anos avança 4,4 pontos para 1,932%. Uma tendência negativa que está a ser registada em todas as maturidades, sendo que a "yield" da dívida a dez anos sobe 5,7 pontos para 3,221%.

De facto, a tendência é negativa em toda a Zona Euro, já que até os juros da dívida alemã estão em alta. A taxa de juro das obrigações gregas a dez anos, por exemplo, sobe 7,1 pontos para 7,378%, levando o prémio de risco do país face a Portugal a subir para 415,08 pontos. Ainda assim, este valor está muito próximo do mínimo de 19 meses alcançado na semana passada.

Uma tendência que reflecte que os investidores estão a exigir cada vez menos para deter dívida grega em detrimento da portuguesa. Este "spread" registou uma acentuada redução em Maio, quando a Grécia chegou a acordo com Bruxelas quanto à primeira avaliação do terceiro programa de ajustamento do país.

Mas também a situação particular de Portugal tem influenciado esta evolução. As negociações com a Comissão Europeia no início do ano, bem como a percepção de instabilidade política em Portugal levaram os juros da dívida portuguesa a subir. Se antes negociava em torno de 2,5%, agora a taxa das obrigações a dez anos tem oscilado em torno de 3,2%.

De acordo com a Bloomberg, o mercado de obrigações português é o único na Zona Euro que está a provocar perdas aos investidores.




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