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Procura por "refúgio" leva juros mundiais para mínimos
Os juros da dívida continuam a cair em todo o mundo. Na sexta-feira atingiram um novo mínimo histórico, com os dados do emprego nos Estados Unidos a ficarem aquém do previsto. Os investidores continuam, assim, à precaver-se com títulos de menor risco.
Os juros da divida mundial estão em mínimos. Isso mesmo indica o índice Bloomberg Global Developed Sovereign Bond, que recuou na passada sexta-feira, 3 de Junho, para 0,62%, o valor mais baixo desde a sua criação em 2010. Esta queda ocorre numa altura em que os investidores apostam na segurança das obrigações dos países desenvolvidos para fugir aos riscos do mercado.
Esta queda aconteceu depois de ser conhecido que a criação de emprego nos Estados Unidos ficou aquém do esperado. Um resultado interpretado como um reflexo do abrandamento económico, o que está a travar a perspectiva de que a Reserva Federal norte-americana venha a subir os juros na reunião de Junho.
Mas o cenário de abrandamento é global. Os maiores bancos centrais do mundo estão numa "batalha" de estímulos monetários, com o objectivo de impulsionar o crescimento e a inflação nas respectivas economias. Ainda este ano, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão aprovaram um novo conjunto de medidas, desde aumento das compras de activos a cortes nas taxas de juro.
Mais iminente é o risco de o Reino Unido sair da União Europeia. Várias sondagens recentes têm revelado o reforço dos apoiantes ao "Brexit", no referendo que irá realizar-se a 23 de Junho. Naquele que tem sido interpretado como um último esforço de manter o país na união dos 28, vários especialistas têm alertado para as consequências económicas que o Reino Unido poderá enfrentar.