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S&P coloca Colômbia no "lixo"

A agência de notação financeira cortou a classificação da dívida soberana da Colômbia para o primeiro nível da categoria de investimento especulativo.

5º Colômbia
20 de Maio de 2021 às 00:47
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A Standard & Poor’s cortou o rating da Colômbia em um nível, de BBB- (último nível do patamar de investimento de qualidade) para BB+ (primeiro nível da categoria de investimento especulativo, o chamado ‘lixo’).

 

Uma vez que também a Moody’s tem a notação da Colômbia num patamar de "junk", das três grandes agências só a Fitch é que ainda mantém o rating na categoria de investimento de qualidade (no último nível).

 

"Estamos convictos de que o ajustamento orçamental da Colômbia será mais prolongado e gradual do que previamente esperado, o que diminui a probabilidade de reverter a recente deterioração das suas finanças públicas", sublinha a S&P no seu relatório desta noite.

 

Já a perspetiva para a evolução da qualidade da dívida soberana passou de negativa para estável. Desde março do ano passado que o "outlook" era negativo.

 

A agência justifica o "outlook" estável com a sua convicção de que "a retoma económica, a par com algumas medidas orçamentais, irá estabilizar a recente deterioração do encargo da dívida do país nos próximos dois a três anos".

As obrigações (em dólares) da Colômbia já vinham a ser avaliadas, nos últimos tempos, como se estivessem no "lixo", com os investidores a considerarem que o governo não será capaz de subir impostos numa dimensão suficiente para o país conseguir aguentar-se na categoria de investimento de qualidade.

 

As obrigações internacionais da Colômbia são as que têm pior desempenho na América Latina desde o projecto de reforma tributária apresentado no mês passado pelo Presidente Ivan Duque, que passa por um aumento de impostos – o que tem levado a fortes protestos em todo o país.

 

Os custos de financiamento da Colômbia têm estado praticamente em linha com os de outros países que já estavam na categoria de "junk", como o Brasil, Guatemala, Uzebequistão e Azerbeijão, refletindo o pessimismo quanto à capacidade de o país conseguir reduzir o seu défice, destacava a Bloomberg no passado dia 29 de abril.

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