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Sonae Capital avança com emissão de 41 milhões em obrigações verdes
Trata-se da primeira emissão de “green bonds” da empresa controlada pela "holding" dos herdeiros de Belmiro de Azevedo e destina-se a financiar a Central de Biomassa de Mangualde, desenvolvida e operada pela sua participada Capwatt.
A Sonae Capital acaba de contratualizar a sua primeira linha de financiamento sustentável, uma emissão de "green bonds" (obrigações verdes) no valor de 40,8 milhões de euros.
Uma operação realizada através da Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, que é detida pela Capwatt, uma subsidiária da empresa controlada pela Efanor, "holding" dos herdeiros da família Azevedo.
O empréstimo tem como objetivo financiar a Central de Biomassa de Mangualde, desenvolvida e operada pela Capwatt, avança a Sonae Capital, em comunicado enviado às redações, esta quarta-feira, 13 de outubro.
"A Sonae Capital está empenhada em contribuir para a descarbonização da economia e a Capwatt tem tido um papel relevante nesta frente, nomeadamente, no desenvolvimento das energias renováveis. Esta emissão de ‘green bonds’ permite, também, reforçar a posição de liquidez da Sonae Capital, diversificando as fontes de financiamento e aumentando a maturidade média da dívida", afirma Ivone Teixeira, CFO da Sonae Capital.
Esta emissão, "certificada por uma entidade externa independente", foi organizada pelo Banco BPI e pelo Banco Empresas Montepio, com subscrição particular, tendo uma maturidade de 12 anos.
A central de biomassa residual florestal de Mangualde, que começou a operar em 2020, representa um investimento de cerca de 50 milhões de euros "e utiliza a melhor tecnologia disponível para produzir energia renovável a partir de biomassa florestal residual", afiança a Sonae Capital.
O investimento da Sonae Capital na central de biomassa, com 10 MW de potência elétrica, visou substituir uma central de cogeração, que se encontrava em operação no mesmo local.
"A Central de Biomassa de Mangualde contribui para a descarbonização do setor eletroprodutor e da indústria portuguesa, tendo igualmente um contributo importante para a otimização da gestão florestal da região e, consequentemente, para a minimização do risco de incêndios florestais", enfatiza a empresa.
Ainda segundo a Sonae Capital, esta central "valoriza anualmente cerca de 300 mil toneladas de biomassa florestal residual (não consome madeira virgem), promovendo a economia circular e satisfazendo a totalidade das necessidades de energia térmica da unidade industrial da Sonae Arauco na mesma localização e gerando adicionalmente 83 GWh/ano de energia renovável descentralizada".
A Capwatt, que promove soluções integradas de energia, está presente em Portugal, México e Espanha, tendo sob gestão 200 MW de potência elétrica, sendo 29% em energia renovável e 71% em cogeração.