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REN paga 1,7% em emissão de dívida a 10 anos com forte procura (act)

A empresa liderada por Rodrigo Costa está no mercado a emitir 300 milhões de euros. O custo de financiamento baixou substancialmente devido à procura robusta dos investidores.

O mandato de Rodrigo Costa, que acumula a presidência do conselho de administração com a da comissão executiva, terminou em Dezembro. Entrou para a REN em 2015, ano em que a empresa decidiu que Rodrigo Costa - actualmente com 58 anos - acumularia as duas presidências: do conselho de administração com a da comissão executiva. Os mandatos do conselho de administração são de três anos.
Miguel Baltazar
11 de Janeiro de 2018 às 09:53
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A REN está esta quinta-feira a emitir 300 milhões de euros em obrigações a 10 anos, com a empresa liderada por Rodrigo Costa a beneficiar com o facto de as três agências de "rating" atribuírem-lhe uma notação acima no nível de "lixo".

O "initial pricing talks" (IPT), segundo a agência de notícias Bloomberg, arrancou nos 100 pontos base acima da taxa mid-swap do euro, que está hoje nos 0,9028% no prazo a 10 anos. Contudo, o preço final foi fechado num nível substancialmente inferior (80 pontos base), pelo que a taxa ficará em redor de 1,7%.

Este custo de financiamento reduzido para uma emissão de dívida a longo prazo deve-se à forte procura por parte dos investidores. As ordens ascenderam a 1,9 mil milhões de euros, o que supera em mais de 6 vezes o montante oferecido. 

A REN, que realizou um "roadshow" para preprar esta emissão, consegue assim um custo de financiamento bem inferior ao de Portugal, que ontem suportou uma taxa de 2,137% para emitir a 10 anos numa operação sindicada. As duas emissões não são contudo directamente comparáveis, pois as obrigações do Tesouro têm maturidade em Outubro de 2028 e os títulos da REN em Janeiro de 2028.

Esta emissão da REN surge numa altura em que a notação financeira de Portugal já saiu de "lixo" em duas das três maiores agências de "rating". A REN já tem uma classificação em nível de investimento por parte da S&P, Fitch e Moody’s. 

A emissão surge depois da REN ter no ano passado encaixado 250 milhões de euros com um aumento de capital, que lhe garantiu o financiamento de metade do que gastou na aquisição da actividade de distribuição de gás natural da EDP (Portgas). Esta emissão da REN serve precisamente para pagar parte do empréstimo ponte recebido para pagar esta aquisição, que no total ascendeu a 500 milhões de euros.

O Barclays e o Deutshe Bank são os bancos responsáveis pela coordenação da operação, enquanto o Banco BPI, Haitong Bank, ICBC Standard e Millennium BCP actuam como "joint bookrunners".

(notícia actualizada com preço final da emissão, que desceu para 80 pontos base)

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