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Portugal vai ao mercado na próxima semana para emitir até 1.250 milhões em dívida a 7 e 18 anos

O leilão duplo foi anunciado esta sexta-feira pela agência que gere a dívida pública e será o primeiro desde que o país tem "rating" A por todas as principais agências de notação financeira. Já serão também conhecidos os resultados eleitorais.

A agência que gere a dívida pública, liderada por Miguel Martín, usa o crescimento económico como argumento junto dos investidores.
D.R.
Portugal vai ao mercado de dívida logo a seguir às eleições e pela primeira vez desde que conta com "rating" A por todas as principais agências de notação financeira. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP anunciou esta sexta-feira que vai realizar um leilão duplo de obrigações do Tesouro (OT) a 7 e 18 anos, na próxima quarta-feira.

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 13 de março pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de OT com maturidade em outubro de 2031 (OT 0,3% 17out2031) e em abril de 2042 (OT 1,15% 11abr2042), com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros", anunciou em comunicado.

No que diz respeito à maturidade mais longa, Portugal realizou em janeiro um leilão de títulos a 18 anos. Na altura, colocou 675 milhões de euros com uma taxa de juro de 3,462% e uma procura 1,42 vezes acima da oferta.

Já no caso do prazo mais curto, o mais próximo foi um leilão de OT a seis anos levado a cabo em julho do ano passado. Foram então emitidos 696 milhões de euros com uma "yield" de 3,181% e uma procura superior à oferta em 1,49 vezes.

Na emissão desta quarta-feira os investidores terão já oportunidade de reagir às eleições legislativas que decorrem no domingo em Portugal. Os analistas têm indicado que, a menos que os resultados impliquem uma grande surpresa, o impacto deverá ser limitado dado o compromisso das maiores forças políticas em manter a trajetória de redução da dívida pública.

Além disso, Portugal deverá beneficiar do otimismo das agências de "rating". Na sexta-feira passada, a Standard & Poor’s subiu a notação da dívida soberana de Portugal em um nível, para A-. Esta foi a última das quatro grandes agências a colocar Portugal no restrito clube do A. Assim, a classificação de Portugal pela S&P está agora no sétimo nível de boa qualidade, ficando equiparada à que é atribuída pela Moody’s e pela Fitch. A DBRS é a que dá melhor nota (sexto nível).

(Notícia atualizada às 13:30)

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