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Portugal recompra 840 milhões de euros em duas linhas de obrigações

Portugal recomprou 840 milhões num leilão reverso de duas linhas de obrigações. Desde o início do ano, o país já conseguiu reduzir em 1,95 mil milhões de euros o valor da dívida que vai pagar aos investidores em 2023 e 2024.

Portugal emitiu certificados ao retalho que tinham indexado parte dos juros ao crescimento do PIB.
Pedro Nunes/Reuters
29 de Março de 2023 às 10:54
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) recomprou 840 milhões de euros em duas linhas de obrigações, que vencem em outubro de 2023 e em fevereiro de 2024. Desde o início do ano, Portugal já conseguiu reduzir a sua dívida em 1,95 mil milhões de euros, de um total de 18 mil milhões que vai ter que tinha que devolver aos investidores este e no próximo ano.

A operação, a segunda deste género realizada este ano, servirá para reduzir os custos da dívida, uma vez que os custos associados à dívida portuguesa atualmente são inferiores, apesar do agravamento das "yields" nos últimos meses.  

Desde o início do ano Portugal já conseguiu reduzir a sua dívida em 1,95 mil milhões para 16 mil milhões de euros. Valor que, se não houver mais recompras, vai ter que devolver aos investidores em 2023 e 2024. 

Na linha com maturidade em outubro 2023, lançada em 2008, o país recomprou 340 milhões de euros. No início do ano tinha um saldo vivo de 10.026 milhões de euros e com esta recompra, juntamente com a de 1 de março – quando voltou a comprar 322 milhões de euros –, o IGCP reduz o valor a devolver aos investidores em outubro para 9.364 milhões de euros.

Já na maturidade a fevereiro de 2024, lançada em 2013, Portugal recomprou neste leilão reverso 500 milhões de euros, o que adicionado à recompra de 1 de março (voltou a comprar 792 milhões de euros) levou a uma redução da dívida para 6,689 milhões de euros, de 7,981 milhões de euros no início deste ano.

Os cupões das obrigações não mudam. O da linha mais curta tem um cupão de 4,95%, enquanto o da linha que vence em 2024 fixou-se em 5,65%.

(Notícia em atualizada às 11h14)
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