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Portugal faz último leilão de dívida do ano na próxima semana

O IGCP quer colocar entre 500 e 750 milhões de euros em obrigações do Tesouro na próxima quarta-feira. É a última vez que pede financiamento aos investidores este ano e acontece após uma semana de máximos desde Fevereiro no mercado secundário.

Correio da Manhã
18 de Novembro de 2016 às 17:59
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Portugal vai realizar, na próxima quarta-feira, uma nova emissão de dívida pública. Será a última ida ao mercado para colocar títulos obrigacionistas este ano.

 

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 23 de Novembro pelas 10:30 horas um leilão da OT com maturidade em 15 de Abril de 2021, com um montante indicativo entre EUR 500 milhões e EUR 750 milhões", assinala um comunicado enviado às redacções. São títulos que o Estado terá de devolver dentro de quatro anos e meio.

 

A agência liderada por Cristina Casalinho (na foto) adianta que, depois desta operação, não voltará a haver mais emissões no âmbito do "programa de emissões de Obrigações do Tesouro em 2016". 

 

A ida ao mercado primário (colocação de dívida do Estado directamente nos investidores) ocorre após uma semana em que tem havido pressão sobre a dívida nacional no mercado secundário (onde os investidores trocam os títulos entre si).

 

Segundo as taxas genéricas da Bloomberg, a taxa implícita das obrigações nacionais a dez anos, o prazo de referência, voltou a disparar esta sexta-feira 11,2 pontos base e situou-se no valor mais alto desde Fevereiro, em 3,854%. Tem havido uma tendência de subida dos juros desde as eleições norte-americanas que colocaram Donald Trump como presidente da maior economia do mundo, a par dos restantes países da Europa periférica.

 

Assim, na próxima quarta-feira, fecha-se o plano de financiamento através de obrigações do Tesouro (títulos de dívida com maturidades superiores a 18 meses) depois de já ter concluído, na passada quarta-feira, o financiamento previsto por bilhetes do Tesouro (com maturidades até 18 meses). Neste último leilão de dívida de curto prazo, o país conseguiu emitir 1,5 mil milhões de euros, com custos mais altos mas ainda a taxas negativas no prazo a seis meses. 

Ainda assim, a procura por um montante até 750 milhões de euros ficou aquém do estimado pelo Commerzbank, que acreditava num leilão em que fosse possível arrecadar mil milhões de euros. 




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