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Portugal emite 1.013 milhões de euros em dívida a dez e 14 anos. Juros rondam os 3%

A Agência de Gestão de Tesouraria e Dívida Pública - IGCP emitiu duas linhas de Obrigações do Tesouro (OT), uma a dez e outra a 14 anos. O juro da linha mais longa supera os 3%, enquanto o da linha mais curta ronda os 3%.

A agência que gere a dívida pública, liderada por Miguel Martín, usa o crescimento económico como argumento junto dos investidores.
D.R.
Mariana Ferreira Azevedo 08 de Maio de 2024 às 10:48
Portugal financiou-se em 1.013 milhões de euros no mercado de dívida. A Agência de Gestão de Tesouraria e Dívida Pública - IGCP realizou esta quarta-feira um leilão de duas linhas de obrigações do Tesouro (OT), a dez e a 14 anos.

O valor está em linha com o montante indicativo aquando ao anúncio da operação, que se situava entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros. 

Na linha que vence a outubro de 2034, emitiu 405 milhões de euros, com uma "yield" de 3,075%, tendo a procura sido 1,82 vezes superior à oferta. Já na linha com maturidade em junho de 2038, colocou 608 milhões, com um juro de 3,297%. A procura ficou 1,63 vezes acima da oferta.

Os juros de ambas as linhas aumentaram em relação ao último leilão comparável, embora a da linha mais longa tenha tido um aumento da "yield" muito ligeiro. 

A última vez que Portugal esteve no mercado para colocar dívida com estas maturidades foi a 10 de abril. Na altura, colocou 641 milhões de euros em títulos com maturidade em 18 de abril de 2034, tendo pago uma "yield" de 2,937% e captado uma a procura 1,25 vezes superior à oferta.

Já no caso da linha que vence a 18 de junho de 2038 emitiu 353 milhões de euros, com um juro de 3,227%. A procura ficou 1,41 vezes acima da oferta.

As expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) vá iniciar o ciclo de descida de taxas de juro em junho, aliado ao facto de Portugal ter visto revisões em alta quer do "rating" quer das perspetivas para a economia tem levado a uma descida dos prémios de risco nacional.

"Nas últimas duas semanas assistimos a uma descida das taxas de juro da divida soberana, Portugal também viu as suas taxas descer e acompanhar este movimento e acabou por beneficiar do movimento no leilão de hoje. O mercado espera descida de taxas de juro por parte do Banco Central Europeu em junho, no entanto poderemos ter alguma volatilidade no mercado de dívida se os dados que forem sendo divulgados, alterarem de forma significativa as expetativas que estão neste momento descontadas", aponta o diretor de investimentos no banco Carregosa, Filipe Silva.  


Notícia atualizada às 11:10
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